Um (bom) encontro para um SUS que dá certo

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Olá, colegas da Rede HumanizaSUS.

Venho compartilhar com vocês um (bom) encontro que ocorreu no dia 25/10/2019, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), e que reuniu 5 psicólogas, atuantes na rede SUS e SUAS do município de Dourados/MS, com graduandos(as) do 4º Semestre de Psicologia, da universidade supracitada. Este espaço, destinado à troca de experiências e à reflexão sobre os desafios e possibilidades de atuação para psicologia no contexto do SUS, foi proposto pela aula de Psicologia da Saúde II e  constituiu um rico momento de ensino-aprendizagem para as profissionais e acadêmicos(as) participantes.

Digo bom encontro, no sentido spinoziano, por entender que se constituiu em um momento, onde os(as) que estavam presentes tiveram a possibilidade de ampliar sua capacidade de afetar e ser afetados(as); de aumentar sua potência de ser a gir no mundo.

A partir dos relatos das psicólogas Cíntia de Souza e Isabela Izidoro, foi possível pensar sobre as práticas psicológicas, no contexto da Atenção Básica, bem como sobre as fragilidades e potencialidades de uma formação para a atuação no âmbito das políticas publicas, em especial, as de saúde.

Com as contribuições da psicóloga Jéssica Tivirolli, discutiu-se o fazer da psicologia e a promoção de cuidado aos povos indígenas. A partir de seus relatos de atuação na Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), foram possíveis importantes reflexões a respeito das desaprendizagens que se fazem necessárias à psicologia, assim como a criatividade e inventividade que o trabalho junto à estas comunidades exige.

A psicóloga Tânia Bernardes trouxe importante contribuição, ao narrar sua trajetória em serviços do SUS e do SUAS e ao tecer reflexões sobre o trabalho intersetorial para a efetivação da garantia dos direitos dos cidadãos. Ela também compartilhou de seus aprendizados recentes, com pensadores como Jorge Broide e Milton Santos, trazendo outras perspectivas e possibilidades para o pensar-fazer da psicologia com as comunidades.

A psicóloga Francyelle Marques fez relatos tocantes e inspiradores a respeito de seu trabalho na UTI do Hospital Universitário da UFGD. Por meio de um poema de sua autoria, compartilhou as durezas e possibilidades da persistência em um trabalho para a construção de um SUS que dá certo.

Os(as) graduandos(as) muito contribuíram com sua curiosidade e indagações, provocando deslocamentos e levando a (re)pensar o fazer cotidiano, a partir das narrativas que se produziam e que, neste processo, conferiam outros sentidos ao vivido e apontaram outras perspectivas para a efetivação do que virá a ser.

 

Tal rico e bom encontro foi disparador de múltiplas afetações e é com muita alegria que compartilho esta pequena, mas importante, ação na direção de um SUS QUE DÁ CERTO.