Refletindo e criando novas formas de cuidar para uma atenção mais resolutiva

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Este foi o tema da II Oficina de acolhimento realizado no Hospital Infantil Lucidio Portella, no dia 28 deste mês, envolvendo trabalhadores, gestores, usuários e estudantes.

O evento teve como objetivo compartilhar conhecimentos, experiências, pensar e criar novas formas de praticas de saúde, na perspectiva de melhorar o acolhimento no cuidado e fortalecer o trabalho de equipe e as redes solidárias no hospital.

Na abertura dos trabalhos, houve uma apresentação musical, protagonizada pelo músico Segisnando Neto, responsável por um projeto de musicoterapia que vem sendo implementado no Hospital de Urgência de Teresina, o qual contagiou a todos com um poporri de músicas clássicas e infantis.

A oficina, na parte da manhã  incluiu uma palestra/discussão sobre a Política Nacional de Humanização proferida pela Professora Ana Maria Eulálio, coordenadora do Comitê Estadual de Humanização. Na sua explanação, a palestrante fez um resgate histórico da humanização no contexto da saúde, a nível local e nacional, fazendo um link com a PNH, ressaltando os seus princípios, diretrizes/dispositivos e o método da roda.

Segundo a professora, o termo humanizar deriva de humanismo, e o humanismo no contexto atual, procura restituir ao ser humano um conjunto de significados, de valores dentro de uma visão de integralidade, agregando outras possibilidades de homem como um ser cidadão, histórico, político… O humanismo busca reconhecer no outro a subjetividade. O ser não se resume a um corpo, passa pela cultura, emoções, sentimentos. Arrematou

Na sequência, a Enfermeira Jesus Mousinho fez a palestra tema Acolhimento: refletindo e criando novas formas de cuidar para uma atenção mais resolutiva, pontuando a classificação de risco, com apresentação  da experiência do HUT.

O acolhimento com classificação de risco e´ uma nova forma de atender,  identificando os pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o  potencial de risco, ou grau de sofrimento, rompendo com  a forma tradicional do atendimento por ordem de chegada.

Tanto na primeira, quanto na segunda palestra, a palavra circulou entre os participantes, para esclarecimentos de dúvidas, compartilhamento de experiências e de informações sobre o cotidiano de trabalho no hospital.

À tarde, foi realizada uma roda de discussão sobre a avaliação e o monitoramento, subsidiada pela leitura e comentário de um texto sobre a temática.  

Não basta planejar, e´ preciso monitorar e avaliar as ações. Esta afirmativa disparou a discussão sobre o monitoramento e a avaliação. O monitoramento e´ entendido como um processo de acompanhamento e avaliação das ações/praticas de trabalho. A partir da avaliação e do monitoramento e´ possível ainda, identificar os problemas em relação ao fazer e promover os ajustes necessários. A avaliação e o monitoramento dão uma noção de como estão caminhando as metas e os indicadores previstos no planejamento das ações. Este entendimento ficou bem evidente na fala dos participantes.

Na continuidade, foi realizado um trabalho de grupo, focando três questões sobre o acolhimento:  O que entendemos por acolhimento; o que dificulta o acolhimento no hospital e o que favorece a sua implementação.  O objetivo era avaliar essa diretriz, pontuando as dificuldades e propostas para as mudanças necessárias no hospital, tendo em vista melhorar a qualidade do atendimento.

As propostas apresentadas serão discutidas e pactuadas com o coletivo hospitalar.

Finalizando foi realizada uma avaliação da oficina, com destaque dos seguintes comentários.

 

“Esta oficina foi importante para o amadurecimento de idéias, para repensar nossas práticas e forma de relações com o outro”

 

“Atendeu as expectativas de busca do conhecimento sobre a humanização. Nos deu uma luz quanto as nossas dúvidas, o que vai melhorar o nosso trabalho”

 

“A oficina foi um disparador de interação, reflexão e de aprendizado”. Comentou outra profissional.