O Seminário: Síntese de Alegria, Esperança e Contentamento

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Qualquer análise mais extensa do seminário neste momento é muito atrevimento, afinal, ele só termina na sexta-feira. Mas gostaria de sintetizar quatro aspectos que já me tocaram profundamente.

1) O encontro de centenas de pessoas que estão dispostas a continuar a aposta na Utopia do SUS, em grande parte porque a utopia está abandonando o terreno do imaginário e já se visibiliza em tantas experiências exitosas. Esse caráter do seminário, o de ver as pessoas e ouvir suas histórias possui característica seminal! O valor e as consequênias disso na vida de tantos que não estão aqui hoje em Brasília é algo incalculável.

 

2) Participar da mesa sobre Arte e Cultura nesta quinta-feira foi MARAVILHOSO. Teve efeitos terapêuticos em mim (curei minha dor de cabeça) e ainda por cima fez com que eu começasse a produzir uma reflexão sobre o meu trabalho enquanto professor. Nada doloroso mas aquele incômodo gostoso que avisa o crustáceo de que a carapaça já ficou apertada e que precisa ser quebrada para o bicho poder crescer. Aprendi muito com o Tião e o Paulo Campello. Dei meu recado mas o que eu trouxe adiquiriu uma coloratura muito pálida diante do brilho da experiência desses dois companheiros. Eles "aditivaram" o nosso combustível da vida, mais conhecido por esperança! E ver Rai e Verinha querendo pegar o SOL!! Eita coisa linda!!!

 

3) Ouvir Gastão é sempre um privilégio. Não que ler Gastão não seja muito bom. É que quando ele fala ele passa os mesmos conceitos sem a necessidade tomista do estilo acadêmico. Confesso que como professor não aguento mais ter que escrever encarcerado na linguagem das citações e referências. Sei que isso é necessário mas, é UM SACO! E Gastão falou algo que tem um valor inestimável, principalmente vindo de um gestor do seu porte: o ser humano é uma "meleca" de amor, ódio, virtude, preconceito. Temos que aprender a lidar com isso. Temos que fazer saúde com AMOR. Se não tiver amor na jogada, não conseguiremos escapar dessa sinuca de desafeto e insensibildiade nas práticas. E mais, cogerir não é buscar um falso princípio de igualdade mas minimizar a complexidade das muitas diferenças nesse interjogo de relações.

 

4) Receber o carinho de tantos  rostos que eu só "via" as fotos ou os escritos aqui na Rede. Conhecer, tocar, abraçar, ouvir, olhar nos olhos. Que coisa linda! Adoro estar na rede com todo mundo mas seria tão bom se a gente pudesse morar todos numa cidade só e se encontrar vez em quando pra tomar um chimarão, cajuína, cachaça, mate gelado…não importa a bebida…o computador aproxima tanto as pessoas mas não existe nada melhor do que o contato direto.

É isso, tô me sentindo como um Carlitos…a gente sofre, mas é capaz de amar, fazer rir e trazer paz!

Abreijos (abraços e beijos) prá todo mundo!

 

ERASMO