A partir da próxima segunda-feira, dia 18 de agosto, a vacina contra a hepatite A passa a ser oferecida em todas as unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) da cidade do Rio de Janeiro. O imunizante, que entra no Calendário Básico de Vacinação, é voltado para crianças na faixa etária dos 12 aos 23 meses de idade.
A estimativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é vacinar 86,5 mil crianças no primeiro ano de oferta do imunizante na cidade. A vacina contra hepatite A será oferecida na rotina, em dose única, e é aplicada por via intramuscular. A proteção contra a doença é desenvolvida cerca de quatro semanas após a aplicação e dura a vida inteira, evitando casos graves e óbitos causados pela doença. A única contra-indicação é a ocorrência de alergia a algum componente da vacina.
A hepatite A é uma doença infecciosa aguda que atinge o fígado, habitual na infância e de incidência frequente. Normalmente é benigna e raramente apresenta uma forma grave (aguda e fulminante), que pode levar à hospitalização ou morte em 2% a 7% dos casos graves. As manifestações comuns da doença são: falta de apetite, náuseas, vômitos, diarreia, febre baixa, icterícia (pele amarelada), dor de cabeça, mal-estar, cansaço, desconforto abdominal, entre outros.
A principal forma de contágio da doença é a fecal-oral, por meio de água e alimentos contaminados com o vírus da hepatite A. A disseminação está relacionada com infraestrutura de saneamento básico e a aspectos ligados às condições de higiene. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos ocorrem cerca de 1,4 milhão de casos da doença no mundo. No Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estima que ocorram por ano 130 novos casos a cada 100 mil habitantes, e que mais de 90% da população maior de 20 anos tenha tido exposição ao vírus.
