Renata Marassi nos Percursos Formativos da RAPS: Intercâmbio Joinville-SC/Santo André-SP

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Logotipo do Grupo criado pelo Terapeuta Ocupacional Andre Nunes

O Projeto “Percursos Formativos na RAPS” foi lançado através de Chamada Pública para seleção de iniciativas em novembro de 2013, contemplando apoio financeiro para estados e municípios que desenvolvam projetos de educação permanente no âmbito específico da troca de experiência entre profissionais e supervisão clínico institucional.

Confira a entrevista concedida pela Terapeuta Ocupacional Renata Marassi compartilhando conosco a sua experiência na primeira turma “Pioneiros dos Percursos Formativos da RAPS”:

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Renata Marassi

1Como você se sentiu integrando a primeira dupla de profissionais de Joinville a empreender essa viagem?

Renata: Me senti privilegiada em fazer parte do time de profissionais que está participando do intercâmbio, e ter iniciado este desafio com a Anarilda foi muito gratificante. Os dias que passamos juntas nos aproximou muito no apoio mútuo, especialmente nos momentos de dificuldade por estarmos tanto tempo longe dos familiares.

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  (No centro da foto: Anarilda Mendes e Renata Marassi)

2Havia um roteiro de atividades diárias ou semanais pré-estabelecido?

Renata: Sim, todos os integrantes do intercâmbio participaram da construção deste roteiro nos dias iniciais. Nosso grupo foi composto por 21 pessoas de 11 municípios do país com experiências e atuações diversas na área da saúde. Organizamos o cronograma de modo a intercalar as atividades diariamente em todos os serviços da RAPS Santo André – SP. O intercâmbio contemplou 160 horas de atividades de formação, atividades de campo e preceptoria, além das atividades extras de final de semana como a Feira da Economia Solidária – Ecosol , a Copa da Inclusão, encontro de familiares, entre outros.

3Como você foi acolhida pelos trabalhadores  em saúde mental de Santo André-SP?

Renata:Fomos muito bem recebidos pelos trabalhadores de Santo André, principalmente pelos coordenadores dos serviços de referência que atuaram também como preceptores no intercâmbio. Justamente nos momentos de preceptoria tivemos uma aproximação grande nas trocas de experiências das diferentes realidades do grupo.

4Qual foi a experiência que mais te marcou nesse período de vivências em Santo André-SP?

Renata: A experiência que mais me marcou foi a participação junto à equipe do CAPS III no programa “Ação Saúde” em Paranapiacaba, região muito afastada do município. Por existir grande dificuldade da população deslocar-se para a área do CAPS III, pensou-se na estratégia da atividade no terrirótio para assegurar os cuidados em saúde mental da população, o que culminou na criação do CAPS itinerante. Com a experiência entendemos o quanto ações como esta são importantes para a garantia de promoção de saúde à população mais vulnerável.

Beatriz Barreiros da RAPS de Santo André-SP define o que são Percursos Formativos ao Viramundo:

 

 

5-Quais são os principais desafios que você percebeu nos serviços que visitou?

Renata:Os desafios observados não são muito diferentes dos encontrados em Joinville e nos demais municípios do país. Contudo, acredito que os desafios atuais da RAPS Santo André referem-se ao fortalecimento do apoio matricial como estratégia para a parceria com a Atenção Básica.

6-Como surgiu a ideia de criar o grupo no facebook relatando essa experiência? Você acredita que mídias sociais, blogs e sites são importantes ferramentas para a disseminação da informação em defesa da reforma psiquiátrica?

Renata: A ideia de criar o grupo surgiu do grande desejo de compartilhar as novidades com os colegas profissionais de Joinville, e especialmente criar um canal de contato com os colegas que participarão do intercâmbio. Acredito sim que as mídias sociais são um potencial instrumento para a troca de informação e aproximação das pessoas. Com o grupo pude dialogar com profissionais que tenho pouco contato no dia a dia e também estreitar os laços com as pessoas maravilhosas que conheci no intercâmbio.

7Tem alguma coisa que você gostaria de destacar e eu não perguntei?

Renata:Gostaria de registrar a importância do intercâmbio como estratégia para a qualificação das Redes de Atenção Psicossocial de todo o país.  Acredito que as transformações necessárias serão mais potentes pela oportunidade de se vivenciar as rotinas de uma RAPS que é referência nacional. Gostaria a aproveitar o espaço para agradecer o apoio da grande parceira Anarilda Mendes, e as coordenadoras Ana Lúcia Alves Urbanski, Anelise Dallagnolo, Sandra Lúcia Vitorino, equipe CAPS III 24 horas Dê-Lírios e todos os novos parceiros da RAPS Santo André e de todo intercâmbio.

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Pioneiros dos Percursos Formativos em Santo André: para sempre em meu coração!heart

E como parafraseou nossa querida preceptora Daisy:

“Arriscar-se é perder o pé por algum tempo. Não arriscar é perder a vida…”

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