O HOSPITAL EXPANSIVO – Ainda trabalhando na construção parte 3

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    Continuamos a proposta de construção…

    Após a segunda etapa do Jogo foram trabalhadas mais quatro oficinas utilizando a Metodologia de Jogos para mudança Institucional. Esta metodologia consiste em trabalhar as dificuldades do trabalho em equipe, indo do nível superficial ao mais profundo.
   Os jogos promovem não só a reflexão mas, também geram resultados tangíveis que podem ser aplicados no dia a dia para superar as dificuldades. Esta metodologia é baseada na pesquisa de doutorado de Frederick van Amstel (Universidade de Twente).
Nas quatro oficinas que se seguiram, os objetivos foram se complementando para chegar aos cenários, neste post vamos até o Joga Lula.

  • Reconhecer o conflito no ambiente de trabalho

        Jogo O Hospital Expansivo

  • Desenvolver empatia pelos colegas

        Jogo Mapa da Empatia

  • Questionar o planejamento que leva a conflitos

        Jogo Lula

  • Definir critérios para priorizar o atendimento

        Jogo Radar de Prioridades

  • Definir metas a serem alcançadas

      Jogo Planejamento de Cenários

      O Mapa da Empatia teve por objetivo desenvolver empatia (sentir o que o outro sente) a partir dos perfis relacionados ao projeto.
Iniciamos relacionando os perfis envolvidos no conflito entre a Unidade Cirúrgica, Unidade de Centro Cirúrgico e Unidade de Processamento de Materiais. Os perfis mais votados foram: do paciente, do médico cirurgião, da enfermagem, do técnico de enfermagem, dos residentes e dos diretores.

 

img_20150819_084023214.jpgimg_20150819_084423133_hdr.jpgimg_20150819_085049439.jpgimg_20150819_090541625.jpgimg_20150819_094407844.jpg    A visão apresentada pelos participantes, em relação aos perfis, foi bastante interessante, na primeira etapa não estavam presentes profissionais de todos os perfis escolhidos e foi necessário convidar novos atores para a oficina seguinte.

    A participação dos residentes proporcionou a revisão dos perfis e a visão negativa foi sendo revista e o preconceito, relativo aos residentes se desfez. Estes argumentaram que tem mais contato com os pacientes e fazem tudo para atendê-los, mesmo que seja algo que não está no curriculum do aluno.   Em relação ao perfil da Técnica de Enfermagem, onde se encontrava “reclama muito”, a mesma confirmou o fato, alegando trabalhar muito, sem condições adequadas.

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     As participações da Residente e Técnica de Enfermagem, reforçaram a importância da escuta e da participação de outros atores para assim, procurar entender o que acontece com o outro, afinal, não dá para julgar sem ouvir quem está na linha de frente. 

    Em relação ao paciente, os participantes colocaram que o paciente vê o Hospital como o melhor hospital de Curitiba.
   O Mapa de Empatia trouxe uma visão compartilhada e dialogada entre os participantes possibilitando um repensar sobre as próprias colocações.
Algumas das notas que foram relacionadas no jogo:

  •   Paciente: Insegurança – se tudo vai dar certo.
  •   Médico Cirurgião: Deseja operar mais, porém não tem condições.
  •   Enfermeiro: Frustração por não conseguir apagar todos os incêndios.
  •   Residentes: Quero ser bom médico e fazer o melhor; Preocupa-se apenas com os próprios interesses.
  •   Diretor: Muitos problemas para resolver; Não se envolve com a solução.

    Na etapa seguinte o Jogo Lula teve como objetivo levantar perguntas e respostas em relação ao tema planejamento. Nesta etapa foram trabalhadas questões como dificuldade de planejamento em equipe e falta de participação da direção ou de atores importantes para tomada de decisão.
   Construíram propostas de ações e ao final elegeram as principais a serem trabalhadas na construção de opções para serem apresentadas a Direção.

  •   Propor critérios para definir o que atender
  •   Motivação (trabalhar no melhor hospital do Sul do Brasil) 
  •   Trabalhar dados e informações concretas;
  •   Após o planejamento, verificar e acompanhar a execução. Mudar se necessário;
  •   Alinhar esforços;
  •   Auxiliar nos processos pra torna-los claros e fazer divulgação para a unidade e aos envolvidos diretamente;
  •   Execução de tarefas com reponsabilidade e consciência;
  •   Botar tudo no papel;
  •   Crescimento progressivo da produção;
  •   Avaliar custo, receita e interesse.

img_20150826_100555831.jpgimg_20150826_100946673.jpgimg_20150826_101049193.jpgimg_20150826_101052810.jpgimg_20150826_101128049.jpgAs etapas seguintes foram sendo construídas a partir das ações determinadas pelo grupo.

É gostoso perceber o interesse das equipes, a motivação e o compromisso em participar. Este trabalho tem comprovado as possibilidades de uma gestão baseada no diálogo e construção.

Fred e Rafael, parceiros nesta proposta, têm contribuído muito com suas experiências e as Equipes têm se empenhado para efetivação da proposta. Obrigado pelo apoio de todos!

Sirlei Corssetti Kleina

Divisão de Pessoas Complexo do Hospital de Clínicas/UFPR