Um toque para a data…
https://www.youtube.com/watch?v=G_EdbT1eV70&t=4s
“Amor, meu grande amor, não chegue na hora marcada
Assim como as canções, como as paixões e as palavras”
Em tempo de comemorar, entre os 30 dias do aníver da rhs…
Então?
Estão todos atacando de poesia nestes 10 anos da querida rhs (Cristine) ?Nesta “máquina” expressiva do SUS? …como disse Miguel Maia* (Miguel) !!
e… acrescento… máquina-expressiva-desejante do SUS entrelaçada em Vidas em devir, foi assim que vi este bebê sendo inventado neste coletivo…
“A vida do teu filho desde o fim até o começo”
Dos 10 anos… 7 e meio, quase 8, estive por aqui… no início, uma enfermeira fora do esquadro que não se conformava e foi em busca de um curso, achei uma seleção… sem pretensão acabei sendo umas das escolhidas. Aluna da 2a turma de especialização da PNH no Sul do país, fui me tornando uma blogueira dionísica ativista da Luta Antimanicomial #saúdemental #sus, brincava-sério como bem faz uma criança! Corria no “chão virtual” das dependências da rhs… e com o tempo, tantos amig@s que foram acolhendo e outros chegando. Na verdade, alguns estavam ali o tempo todo e dado algum “pico” (rs) de intensidade, saltavam de seus perfis e se juntavam contando quase tudo… né, não??
Naquele tempo, meados de 2008-2009, a internet não era para todos ainda, redes sociais eram esvaziadas, a não ser uma anterior ao facebook, amorfa das lutas políticas, mais conectadas na vida do outro pela vida do outro… No entanto, paradoxamente, esta internet dá uma virada e se estabelece como a única possibilidade de viagem pra fora de um cotidiano consumido pelo trabalho, já não-alienado. Reconectada pela molécula virtual da rhs na formação em “humanização” como acesso a direitos, inclusão dos usuários na discussão de um SUS militante e cooperado pelos afetos, voei para o coletivo de cuidadores da rhs. Aproveito para confessar… que, provavelmente, ainda estaria no RS, “sem ter feito o que eu queria”… essa máquina-rhs é de “forças ciganas”…
Já desterritorializada, assim, desses 10 anos… 6 foram no coletivo de curadorxs, cuidadorxs, editorxs da rhs, assim dizendo, pois nunca conseguimos chegar a um consenso sobre como chamar a nós mesmos!? Da força do encontro diverso e plural, entre diferentes, estávamos cada um a sua maneira. Alguns mais vividos/vívidos, altivos, outros em graus autísticos conservavam sua loucura como arte da diferença, entre expansivos e silenciosos, transbordantes, dentro e fora da casinha rs, estávamos “forum”. Num dentro-fora, e muito juntos, unidos, trabalhando juntos.
Entre as fotos, sem dúvida, esta é a preferida…
Era poesia entre 20 mil pessoas …
O Coletivo de editorxs…
O coletivo de “editores” ajudava a conectar pessoas pelos assuntos, posts, pelas ideias, via território virtual e geográfico, dentro e fora do país também. Era quase a máquina-doida, agenciada pelos fluxos de afetos em rede. Fomos sendo auxiliados tecnologicamente, e aprendemos a trabalhar de outras maneiras, talvez mais conscientes do alcance virtual, das funções e do tanto que conseguíamos agir, agenciar…
Jacqueline Abrantes, Erasmo Ruiz, Shirley Monteiro, Emília Alves, Cláudia-Peju, Iza Sardenberg, Rejane Guedes, Patrícia Silva, Débora Alligieri, eu, Mariela… Tiago da medicina da USP…
Com as aulas do Tuto Souza e Rogério da Costa, também com a arte do Max Alvin.
Agenciamento coletivo heterogêneo, Trabalho, diversão e arte… tem como definir diferente? Melhor não definir para não diminuir?!
E… Assim… muitos continuam se “des-cobrindo*” neste corpo coletivo rhs… estão ai cantando este amor todo, ou parte dele… olha ai a galera!! Agora vamos ouvir vocês…?
https://www.youtube.com/watch?v=4QaJV3k_Sjc
Entrei para a rede quando o Dário Pasche ainda era o coordenador da PNH, então veio Gustavo Nunes de Oliveira, Fábio Alves, e a rhs entra no agenciamento coletivo pela humanização do SUS, sobretudo, em Defesa do SUS.
Fizemos muitas transmissões via plataforma da RHS, webconferências, e por trás estavam o trio, André-Dani-Dalton na tecnologia-afetiva muito junto aos editorxs, viajávamos para os encontros do Coletivo Nacional da PNH. Ricardo e a Sabrina Ferigato (bruxinha) dividindo este “timão”… depois, Mariana Salles. Do coletivo PNH, Stella Chebli, Catana, Tadeu, Ana Rita, Pedro Ivo, Cláudia Matias, Carine Nied, Sheilla Maria, Miguel Maia, entre tantos outros… e na rede nasciam outros apoiadores, agora do SUS, Márcia Meirellys, Pablo Dias Fortes, Marco Pires, Sérgio Aragaki, Ângela Vaz e muitos !! Foi feita rhs de tese, dissertação, de plataforma de aula-estudos, posts-de-disciplinas…
Entre esses usos e ferramentas da rhs, e idas-voltas, des-coberto(s), entendemos que navegar é preciso! E, renovar, desbravar outros mundos, poderia também contribuir para a sustentabilidade da rhs.
E ai está ela: 10 anos!
Muita vida vivida! Parabéns!!
Um relicário… !
Continuamos cuidando, aprendendo, revivendo, (re)inventando aqui de um relato-improviso, reafirmando que nunca se está longe, senão experimentando novos modos de estar juntos…
Uma vez rhseano, sempre será…
Pra toda a Vida!
Por mais 10…
Avante!! com amor e a Amizade como Política…
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Viva! Mais uma homenagem de quem viveu a rede “por dentro” do trabalho curatorial.
Uma vez RHS, sempre RHS!
Beijos