Repercussões em série
Que semana esta. Em plena copa do mundo nossas redes ferveram em defesa do SUS.
O movimento em defesa do SUS vem tomando um curso cada vez mais denso. É como uma série de fontes surgindo em vários lugares, nas alturas de nosso tempo vertical.
Neste local elevado que nossas conexões permitem que habitemos, jorram ações, textos (que saturam as diversas redes) movimentos, debates e iniciativas que se somam e sobrepõe em todo o território nacional.
Estas fontes vão se tornando fluxos de idéias como riachos e córregos que vão se encontrando, uns desaguando nos outros e se tornando cada vez mais caudalosos.
Um amazonas de encontros felizes, energias e afetos, em defesa do SUS está se formando a partir da capilarização de nossos esforços individuais (Espinosa em nós Ricardo) . É um processo belo e intenso que estamos vivenciando.
Estamos assistindo uma verdadeira infiltração de nossas idéias em mídias locais e regionais. Além disso temos todos os textos dos blogs da RHS, as inúmeras atividades relatadas nestes grupos e outras não relatadas. Para o tamanho de nosso desafio estou bastante satisfeito com o desenvolvimento das ações neste histórico junho de 2010.
Quando falo que é uma guerra de guerrilha, estou tendo em mente que o SUS vai continuar crescendo, tanto em qualidade quanto em financiamento. Deveremos chegar aos 100 bilhões de reais ao ano. Logo e em seguida aos 100 bilhões de dólares.
Oito vezes menos do que o sistema que Obama reformou nos EUA. Mas já fazíamos mais e melhor com os 45 bilhões de reais ao ano. Fomos melhores do que deles nesses 22 anos de SUS. Seja em na eficiência dos gastos públicos, seja no impacto sobre a histórica desigualdade social que existe em nosso país e também nos EUA.
Persistem as iniqüidades. Mas não se enganem, a propaganda anti SUS tem endereço certo: Favorecer os lucros dos vampiros da vida e da saúde.
Para mim este dado é o grande analisador deste ano. É em função disso que a guerra irá se prolongar ao longo das próximas décadas: Quanto mais financiamento em saúde mais pressão para mercantilizar o cuidado e a atenção.
Respondemos a altura. Já mostramos os dentes, e mordemos forte os interesses de exploração da saúde como mercadoria e da submissão da vida ao capital monetário.
Estamos revivendo o espírito militante dos anos da luta pela reforma sanitária. Num contexto mais democrático podemos fazer coro com o Dário Pasche para dizer:
– Privatização da saúde é crime sanitário.
Poder dizer isso com todas as letras hoje é fazer jus ao legado dos heróis do movimento pela reforma sanitária, pela construção do SUS, do povo em movimento que escreveu nossa história recente. Por fim a imagem no início é uma homenagem ao legado dos milhares de anônimos que lutaram pelo SUS. As duas abaixo personificam em duas queridas lideranças o espírito que queremos manter vivo em cada um de nós.
Nestas imagens saúdo a todos que estão incendiando o Brasil em defesa do SUS.
Por patrinutri
Não deixaremos de lutar com certeza…
O passado não é algo muito valorizado em nossa cultura. As coisas ficam velhas com muita rapidez nesta sociedade de consumo e temo que o que escrevemos como história vire lixo, jornal velho…
Daí a importancia deste movimento que você nos traz da história sendo continuamente escrita, que avançamos nas lutas e que temos que estar atento aos "vampiros da saúde" assim como nas lendas elas se renovam e não podemos deixar de nos reinventar também.
Não a privatização do SUS em pele de solução para problemas de finaciamento e responsabilidade fiscal!
Não a tomada de decisões que no futuro comprometerão o SUS ainda mais no sentido da iniciativa privada muito mais que o público coletivo!
Já temos que conviver com um privado na saúde disfarçado de filantropia , agora as OS e outras coisa como contratos de serviços de profissionais espacializados e não concurso público…
Atenção! Vigilância! Ou vão nos enganar!
Patrícia S. C. Silva
Blumenau SC