O POETA e a SAÚDE
…E de repente o poeta nos ensina:
Que nem toda contração muscular é deslizamento de actina sobre miosina,
Que nem toda tristeza profunda é carência neural de serotonina,
Que nem toda fraqueza do corpo se cura com vitamina.
Podemos seguir elegendo a RAZÃO como o sustentáculo para as nossas decisões . Será quando mais uma vez virá o poeta a nos dizer:
Que nem toda dor de cabeça se cura com aspirina,
Que nem todo carnaval tem pierrô, tem colombina,
Que existem outros momentos para confete e serpentina,
Que algumas dores de amor não vem do peito e nem da vagina.
Se ousarmos fingir que não percebemos a necessidade de mudanças, o poeta ensinará:
Que nem toda barata morre de intoxicação por naftalina.
Que nem toda água do mar é salgada e cristalina,
Que há amores que são estrada, enquanto a outros que são esquina.
Larissa- 07/07/2008 – Dos ensinamentos vindos da beira do rio Guaíba( maio de 2008)
Por patrinutri
Nesta imagem espelho que você provoca através da água do Rio Guaíba onde o poeta relativiza as certezas científicas e busca outros olhares sobre o real, uma nova abordagem sobre o saber, existe a provocação do olhar na PNH sobre a saúde.
Uma olhar que quer um novo prisma sobre o fazer em saúde, na construção dos saberes, nas relações pessoais.
Que maravilha poder encharcar a rede com esta poética!
Obrigada Larissa!
Beijos
Patrícia S. C. Silva
Blumenau SC