Escola Municipal Valter Alencar discute com o seu coletivo de trabalho a Humanização na Educação
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A E.M.Valter Alencar situada na zona leste de Teresina, realizou no dia 29 de junho de 2010, uma roda de discussão a partir da palestra “A Humanização na Educação”, proferida pela assistente social Emília Alves de Sousa, apoiadora institucional da política estadual de humanização .
A iniciativa partiu do projeto de intervenção Humanização na Educação Municipal de Teresina: Um projeto que dá certo, desenvolvido pelas acadêmicas de Serviço Social do Instituto Camilo Filho – Francisca Clara, Socorro Morais, Socorro de Fátima, Janara Fonseca e Thays Maria, sendo supervisionado pelas assistentes sociais da Secretaria Municipal de Educação, Carmen Célia, Elizabete Gomes, Marlene Santana e Sandra Leite. O projeto contou com o apoio de todo o coletivo dessa instituição, durante toda a sua operacionalização.
O projeto tem o objetivo de promover ações de humanização que possibilitem uma maior integração entre escola, alunos(as) e familiares, no sentido de levar informação sobre os direitos de crianças e adolescentes enquanto educandos, dentre os objetivos específicos, o projeto visa firmar um compromisso ético-político na melhoria da relação escola, aluno e família, trabalhando um atendimento de qualidade.
O tema abordado propiciou um debate rico quanto aos processos de trabalho na educação, a relação com o público atendido e o quanto se pode realizar a partir de um atendimento de qualidade, humanizado, que respeita a autonomia e o protagonismo dos sujeitos no processo educativo e que propicia às crianças, adolescentes, famílias e comunidade em geral, participar da escola sentindo-se acolhidos e respeitados nos seus direitos de cidadania.
A escola, por meio de todo o seu coletivo, firmou o compromisso de fortalecer a discussão desta temática, tendo em vista disparar a implantação de uma política municipal de humanização na educação, com o propósito de possibilitar um ensino mais solidário, ético-político, e que atenda às necessidades do educando.
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Carmem,
Fico muito feliz pelo compromisso do coletivo da escola em fortalecer a discussão da humanização do processo ensino/aprendizagem, rumo à implantação da Política Municipal de Educação. Que maravilha essa possibilidade de sermos pioneiros nessa iniciativa.
Convém lembrar, que o saudoso educador Paulo Freire, na década de 60, já suscitava nos seus livros, o debate para a humanização na educação. Ele chamava a atenção para a importância de um projeto pedagógico ético-político, focado na transformação do homem para um “ser-mais, a partir da formação de uma consciência crítica sobre a sua realidade, sobre o mundo, rompendo com o modelo tradicional da educação fragmentada, neutra, domesticadora. Decorridas quatro décadas, ainda temos uma educação pública com acesso difícil, com condições precarizadas de trabalho, professores desqualificados e com baixos salários, ensino ainda centrado na figura do professor, gestão verticalizada, com pouca participação popular e controle social, enfim, uma educação pública com baixa qualidade de ensino, o que tem produzido um alto índice de abandono e repetência escolar. Basta analisar o resultado mais recente do IDEB que caiu de 4,6 para 4, quando o mínimo esperado é de 6. Então vamos à luta por uma educação humanizada, uma educação que possibilite o educando a ser capaz de se transformar e de transformar o mundo, de forma que possa ter uma vida mais digna e mais feliz.
Parabéns às estagiárias do Serviço Social e ao coletivo da escola pela iniciativa!!!
Um abração!!!
Emília