A identidade do trabalhador da saúde na mídia.
Consegui postar a reportagem. Deu trabalho mas eu achei um jeito de incorporar no post a íntegra da matéria.
Temos de fazer todas as coisas que estamos fazendo de forma articulada e buscando o reconhecimento de uma identidade do trabalho em saúde que seja tão nacional quanto a imagem que a grande mídia está veiculando.
Uma identidade coletiva consensual entre sociedade e categorias que leve em conta nossas necessidades e as reais condições em que temos de prestar o atendimento a população. É a oportunidade de criar uma zona de comum entre usuários e trabalhadores. Algo que supere a maneira como o Faustão e outros homens da mídia falam do SUS, e por tabela de nós todos.
Acho que este é o momento adequado de fazermos o debate. Temos identificado o início de uma revolta generalizada dos trabalhadores de nível médio aqui no RS.
Nos anos 90 a exibição em rede nacional de um grupo de PMs torturando cidadãos comuns causou uma onda de greves de nas Polícias Militares de todo o país. O fenômeno foi importante mas os trabalhadores da segurança não tiveram força para extrair todas as consequências do movimento.
O mesmo fenômeno pode se repetir com os trabalhadores da saúde.
A exposição de nossas condições de trabalho em todo o país gera uma indignação muito forte. Primeiro a sociedade não nos enxerga por décadas. Depois aparecemos como monstros desumanos.
A oportunidade para fazermos nossa voz ser ouvida é única. As bandeiras que uma mobilização como esta pode abrigar são muitas: Primeiro a necessidade se se implantarem os princípios, as diretrizes, os dispositivos e modos de fazer da PNH. Além disso temos a jornada de 30 horas semanais, citada na reportagem, o duplo e o triplo vínculo devido aos baixos salários, a carreira nacional do trabalhador da saúde, o aumento no financiamento, etc.
O resultado depende de nossa capacidade de articular os diversos atores que ocupam esta cena conturbada. O importante é que isto pode passar e a imagem restante pode ser a de que nós somos perigosos e não o atual sistema que renega o SUS.
Por Ana Rita Trajano
Companheiro Marco, muito importante este trabalho, aqui na RHS, de Defesa do SUS e dos Trabalhadores da Saúde!!Precisamos sim interferir nessas imagens e "análises" que a mídia circula sobre o SUS e seus Trabalhadores. Você disse tudo: "oportunidade de criar uma zona de comum entre usuários e trabalhadores"… (o vídeo ficou muito baixo, poderíamos solicitar aos editores da RHS uma ajuda para melhorar o som?)
E Parabéns!! A luta continua, companheiro!
Abraço, Ana Rita