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Introdução
Nunca se discutiu tanto sobre inclusão social, respeito às diferenças humanas, direitos sociais e cidadania. Esse debate apresenta um grande desafio à humanidade: colocar em prática uma mudança social já!
Essa questão remete há uma nova era na consolidação dos direitos e na luta por uma vida digna, sem discriminação e preconceito de qualquer natureza. Acreditamos que ainda há um longo caminho a ser trilhado no campo das conquistas sociais e no usufruto dos bens coletivos.
No campo da saúde essa realidade não é diferente! É com essa certeza que apresentamos a vocês a Cartilha Caminhos da Inclusão do Pai no Parto, como mais um instrumento em defesa dos direitos dos usuários no sistema público de saúde.
Asseguramos que a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), e a criação do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) se expressam como experiências exitosas na concretização dos esforços em busca de um tratamento humanizado na saúde. Nessa mesma perspectiva, o Governo do Ceará sancionou a lei 14.286/2009, normatizando o acompanhante no trabalho de pré-parto, parto e pós-parto imediato nos serviços de saúde do SUS, da rede própria ou conveniada (Ceará, 2009).
Como parte das ações desenvolvidas no sentido de contribuir com a construção de um novo paradigma na saúde, em um momento social que privilegia o tratamento humanizado na prestação dos serviços nesse âmbito, é que o Hospital Distrital Gonzaguinha de Messejana – HDGM, criou o Programa “Parto que Te Quero Perto” como uma iniciativa que busca estimular os companheiros das gestantes do HGMM a se fazerem presentes do início ao fim da gravidez, investindo no contato humano entre profissionais de saúde e usuários do SUS.
Muitos são os desafios desse novo momento social e político no qual se instaura um processo de universalização da saúde, descentralização das ações e participação social, com a emergência da proposta de humanização. Essa realidade se expressa como desafiadora aos gestores, profissionais e usuários da área de saúde que se empenham no sentido de transformar o quadro que se apresenta e fazer valer os direitos assegurados em lei e as conquistas alcançadas nesse âmbito.
Por Shirley Monteiro
Antonio Eusébio,
Entendi que trazes aqui a historia de um caminho percorrido no Ceará. Hoje a PNH através do Programa de Qualificação das Maternidades , repete esta experiencia do acompanhamento do pai, em vários Estados do Norte/ nordeste; e também de outras regiões; o que é uma vitória para a Saúde materno-infantil. No entanto quando citas a PNHAH, preocupa-me a necessidade de fazermos uma distinção; entre o que foi o passo pioneiro desta iniciativa; enquanto um Programa, com o grande incremento que veio depois, com a PNH de nossos dias, nascida então, como uma grande Reforma em 2003/ 2004 do antigo Programa PNHAH. Na PNH ao contrário, temos uma Política Pública, transversalizada/ e capilarizante que problematiza e inclui a gestão e a atenção.
Preocupa-me sobretudo, ressaltar aqui; a noção mais ampla do que seja o sentido de "humanização"; OU SEJA a reforma de sentido e de prática, que permite hoje que a PNH se capilarize de forma tão abrangente pelo país, e não somente na Atenção Hospitalar; mas desde a Atenção Básica !! e mais ainda que antes, Também na Atenção Hospitalar !!
Considero bem importante nesta distinção que proponho, nos aprofundarmos nesta outra noção de Humanismo. Para isso, consulte os textos de Eduardo Passos e Dário Pasche; em conjunto: Pasche e Passos. Mas voce pode, caso não conheça ainda, ouvir das palavras do proprio Eduardo Passos, a respeito deste "outro Humanismo", no vídeo contagiante a seguir:
Basta clicar no link em negrito:
Passos E. A PNH como um modo de fazer: desafios para a humanização do SUS- Parte 1. Conferência Eduardo Passos. In: 2º Seminário Nacional da Política Nacional de Humanização do SUS. Brasília; 2009.[Acessado: 18 Março 2011]. Disponível em: < https://bvsms.saude.bvs.br/videos/pnh_desafios_humanizacao_eduardo_passos1.html>
Abraço,
Shirley Monteiro
( Grupo de Editores/ Cuidadores da RHS)