CAPS de Alegrete é avaliado por projeto do Ministério da Saúde
Fonte: Assessoria Gabinete Vereadora Judete Ferrari
Nestas duas últimas semanas do mês de julho, o Projeto de Pesquisa de avaliação CAPSUL 2, que tem por objetivo avaliar CAPS do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, estão em Alegrete para a realização da avaliação quantitativa. Este estudo avaliativo teve uma primeira etapa no ano de 2006, coordenado pela Universidade Federal de Pelotas, em parceria com a Escola de Enfermagem da UFRGS e com o Curso de Enfermagem da UNIOESTE/Cascavel. Agora em 2011, pretende avaliar 40 CAPS I e II, sorteados de forma aleatória e sediados nos três estados.
Os pesquisadores objetivam avaliar a estrutura, o processo e o resultado da atenção em saúde mental desenvolvida. Segundo a Vereadora Judete Ferrari, uma das entrevistadas pelos pesquisadores, “a Reforma Psiquiátrica vem mudando o cenário da atenção em saúde mental no Brasil, avaliar e planejar novos caminhos é necessário para que alcancemos diversificar as ofertas de cuidado, principalmente para situações de alta complexidade como, por exemplo, o uso de drogas e o suicídio”.
Na estrutura a avaliação inclui área física, recursos humanos e materiais. No processo, avalia-se os processos de trabalho e organização da atenção em saúde mental, sendo realizada uma avaliação da satisfação e sobrecarga dos trabalhadores da saúde, perfil dos trabalhadores e condições de trabalho. Conforme Janaína, Carmem e Leonardo pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas, “os resultados são avaliados a partir do padrão de saúde do usuário apreendido pela autonomia, inserção, cidadania e satisfação”.
A pesquisa traz como coordenadora a enfermeira Luciane Kantorski e consiste em uma avaliação de 4ª Geração, construtivista e responsiva, com instrumentos baseados entrevistas com a equipe, usuários, familiares, observação participante, oficinas de validação e negociação dos dados. “Para nosso CAPS II de Alegrete, recebê-los com este projeto, é fundamental, pois seus dados nos ajudam a traçar protocolos de cuidado mais próximos das necessidades apontadas pelo coletivo dos usuários”. Diz Clodoaldo Rodrigues, coordenador do CAPS II de Alegrete.
O estudo avalia os Centro de Atenção Psicossociais por serem, esses, considerados como serviços substitutivos estratégicos no processo de consolidação da reforma psiquiátrica. O projeto CAPSUL é financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia através do CNPq em parceria com o Ministério da Saúde. Segundo Kantorski, “Em 2005 o MCT-CNPq e MS abriram um Edital 07/2005, para financiamento de pesquisas na área de saúde mental, com uma linha de pesquisa específica para avaliação de CAPS. Mais de 200 projetos concorreram neste edital e o projeto de Avaliação CAPSUL foi um dentre cerca de 20 dos selecionados”.
