JOGO DE AREIA NA CLÍNICA PSICOLÓGICA

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Sobre o Jogo de Areia

"Técnica terapêutica expressiva, projetiva, não-verbal e não interpretativa criada por Dora Kalff, na década de 1950, que a utilizava em psicoterapia individual de crianças e
adultos. O instrumento consiste em uma caixa de tamanho padronizado (72 x 50 x 07 cm), tendo o seu fundo e lados pintados na cor azul, preenchida com areia seca ou molhada até a metade. Além da caixa com areia, trabalha-se com miniaturas representativas de diversas dimensões da realidade ou da fantasia – figuras fantásticas e religiosas, animais domésticos e selvagens, figuras humanas variadas que expressam funções familiares ou sociais, veículos de transporte, objetos, móveis domésticos e elementos da natureza. Em função do contexto desta pesquisa, priorizou-se a inclusão de elementos relacionados ao ambiente hospitalar e optou-se pelo uso de uma caixa com dimensões menores, adaptada e desenvolvida por Sant’Anna (2001) para o atendimento em leito. A referida caixa é portátil, podendo ser facilmente transportada ao hospital e levada de um leito a outro sem grandes intervenções no ambiente hospitalar. A forma de aplicação e registro também foi adaptada às diferentes situações hospitalares. Graças aos resultados favoráveis obtidos em estudos preliminares (CHAGAS; FORGIONE, 2002; SANT’ANNA; CHAGAS, 2003) optou-se por utilizá-la nos atendimentos realizados no presente trabalho.

A aplicação do jogo de areia inicia-se a partir do contato com a areia, o que favorece a modulação do estado mental e a configuração de fantasias que podem resultar na construção de uma cena, com ou sem o uso de miniaturas. Devido ao seu caráter fluido, a areia favorece uma abertura para o inconsciente e ao mesmo tempo oferece uma possibilidade de formatação das imagens que surgem do inconsciente como reações imagéticas à determinada situação psíquica"

 

O JOGO DE AREIA NO ATENDIMENTO PSICOLÓGICO DE PACIENTE COM MEMBRO AMPUTADO
Natasha Frias Nahim Bazhuni
Paulo Afrânio Sant’Anna