Sobre Saltos, Versão 2011, quase 2012.

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Conversando com um grupo de amig@s escrevi esse pequeno conto, que por sua vez é uma ‘bricolagem’ de outros contos que povoam nosso imaginário.

 

Quando nos referimos ao  trabalho coletivo, minha memória conectou-se com a historinha de um sapo, que certa vez ousei reescrever. (É! Me refiro àqueles sapinhos verdinhos, que de vez em quando se transformam em príncipes. Risos!)

Vamos ao texto:

QUEM CONTA UM CONTO, MODIFICA UM (ou mais) PONTO(s). 
"Contam que no tempo em que os animais falavam, foi organizado um grande concurso de saltos em distância. Concorriam a tartaruga, o coelho e o sapo. 
 
   
 
A tartaruga sentiu o ‘peso nas costas’ , resmungou, reclamou de muita coisa e desistiu antes de tentar; O coelho, considerado o favorito, achou que a tarefa era moleza e tratou em distribuir autógrafos, dar entrevistas, fazer pose sob os holofotes. Tão ‘cansado’ estava que esnobou, não se esforçou e fingiu que pulava, mas distraiu-se com o encanto da fama e seu pulo ficou aquém de pulos que outrora havia realizado.
Entra em cena o ‘Sapo Sapildo’. Um serzinho com aparência de perereca, com grandes pernas, mas tão pequenino que provocou gargalhadas na platéia. Imediatamente entoa-se o coro: – Não consegue, Não consegue, Não consegue… 
O sapo entra no palco, se concentra e pula com tanta veemência e concentração que a a platéia fica muda! 
Seu salto supera o salto do Sr. Coelhudo. 
Todos ficam confusos. O que aconteceu? 
Correram para entrevistar o vencedor. 
Descobriram que o sapo era SURDO! 
Não ouviu o coro que o desestimulava. Confiou em si mesmo, em suas forças, concentrou-se, fez o melhor de si…. E VENCEU!!!
Moral da história (se é que há uma moral): O sapo surdo não sabia que era ‘impossível’ vencer o coelho, como todos queriam acreditar. Ele foi lá e deu seu recado.
 …
Sejamos SURDOS às plateias que nos desmotivem e nos desmobilizem. 
Proponho que nos lembremos desse animal de PODER  (o sapo) neste ano de 2012 que está chegando aos saltos. 
Rejane Guedes.