Interface atenção básica versus média e alta complexidade – quem deve ser o “protagonista”?

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Muitos municípios se envaidecem de sua retaguarda na atenção básica, financiada pelo Ministério da Saúde, em boa proporção.
Municípios com menos de 20.000 habitantes, no entanto, carecem geralmente de uma retaguarda hospitalar e de diagnóstico, precisando utilizar diferentes mecanismos de interação com municípios onde estes serviços podem ser "comprados".
As ambulancias e seus "pilotos", são ferramentas básicas do vai-e-vem entre municípios compradores e vendedores de serviço.
No entanto, às vezes fica difícil localizar, na estrutura da Secretaria Municipal de Saúde, o(s) protagonista(s) do gerenciamento da interface entre a atenção básica e a média e alta complexidades.
Sem esta definição, a humanização do processo de assistência se esvazia, ficando o usuário do processo submetido a um sem número de entraves , decepções e humilhações.
Como humanizar e gerenciar o fluxo acima mencionado, é questão fundamental, se queremos um SUS qualificado e compatível com suas atribuições constitucionais.
Não podemos permitir que surja um "buraco negro" em instancia vital, ao atendimento da clientela que extrapola os limites da atenção básica.