antidepressivos na gravidez
Tomar antidepressivos no fim da gravidez dobra o risco de nascer bebês com hipertensão pulmonar persistente, de acordo com um estudo realizado nos países do norte europeu e publicado nesta sexta-feira (13).
"Tomar antidepressivos do tipo ISRS (Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina) após a 20ª semana de gestação está associada a um risco dobrado de hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido", segundo as conclusões do estudo realizado pelo prestigiado Instituto Karolinska, em Estocolmo.
O número de recém-nascidos que sofrem desta doença é de 1,2 a cada mil, em média, acrescenta o instituto, salientando que a taxa de mortalidade em indivíduos nascidos com hipertensão pulmonar persistente é de 15%.
O estudo do Karolinska levou em conta 1,6 milhão de nascimentos entre 1996 e 2007 em cinco países do norte da Europa (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia). É o primeiro estudo representativo desta magnitude, que complementa a pesquisa Chambers, publicada em 2006 no New England Journal of Medicine.
Segundo o estudo, 11 mil mulheres que tomaram antidepressivos no final da gravidez deram à luz 33 crianças com hipertensão pulmonar.
"Os médicos que tratam pacientes grávidas contra a depressão devem tentar considerar uma abordagem não medicamentosa", adverte a responsável pelo estudo, Helle Kieler, em um comunicado.
Os antidepressivos ISRS são amplamente utilizados no tratamento da depressão e incluem vários tipos de princípios ativos, incluindo a fluoxetina, vendido sob o nome de Prozac.
O estudo constatou que os riscos são os mesmos para todos os princípios ativos estudados, ou seja, a fluoxetina, citalopram, sertralina, paroxetina e escitalopram.
Fonte:https://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2012/01/13/antidepressivos-na-gravidez-sao-perigosos-para-os-bebes-diz-estudo.jhtm
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Cara Ângela,
Muito oportuno teu post por alertar que outras abordagens são possíveis quando se configuram quadros depressivos em grávidas. Trata-se de considerar que há uma vida nova em jogo: a do bebê.
Se os medicamentos psiquiátricos, nem sempre receitados com os cuidados que a matéria exige, já são objeto de muitas controvérsias, que dirá quando há uma vida em porvir, buscando seu curso…
Peço permissão para compartilhar o conteúdo em outras redes, fazendo assim reverberar por outras paragens esta importante fala da responsável pelo estudo, Helle Kieller.
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Iza Sardenberg
Coletivo de Editores/ Cuidadores da RHS