O Público e o Privado na Saúde

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Neste atual momento capitalista que nos encontramos onde todo e qualquer movimento se resume em "$", a saúde humana pesa como um dos bens mais valiosos e lucrativos. Na busca  pelo que nos pode saciar os desejos e que condicionalmente pagamos caro, a saúde aparece como uma referência fatal aos olhos de ambiciosos. De que vale o "resto" se não sou dotado de bem -estar fisico e/ou mental?

Fico triste em saber que por traz de todo um sistema de saúde, há também toda uma estrutura pensante (tendenciosa, ambiciosa e inconsequente) visando  transformar um bem natural, vulnerável e de efeitos imprevisíveis (saúde) num produto de mercado, e, pensando assim, passo a ver a saúde pública e a privada como fruto de uma mesma base de comando: o poder politico. Avalio desta forma pelo fato de que, neste mundo chamado Sistema de Saúde, há uma intima relação  entre fornecedor e consumidor como em toda a relação comercial, e comercio me lembra lucros. e relação comercial também me lembra dependência e poder. Porque então pensar que saúde pública (SUS) pode ser um gesto de "compaixão política"? ou, "retorno justo"? Não, de qualquer forma temos aí a industria farmacêutica e seus beneficiados, as empresas de formação profissional, etc.

Mas eu, como um beneficiário do SUS (porque de todo o direito que possuo, o pouco que recebo considero benefício), devo dizer que apesar de tudo alguns resustados positivos aparecem, mesmo sendo mais por via de cobranças e fisacalizações do que por justa administração. O SUS acontece apesar de suas restrições, pelo menos supera o sistema americano em termos de retorno social. No entanto, dessa forma, ainda assim, não deixo de pensar que, tanto a saúde pública, quanto a privada utilizam o bem "saude’ mais como uma forma de investimento particular e restrito a uma minoria, do que um verdadeiro benefício social.