Método Canguru
Maternidade Marly Sarney será referência estadual na utilização do Método Canguru – 09/05/2012.
A Maternidade Marly Sarney será oficialmente reconhecida pelo Ministério da Saúde como Referência Estadual na utilização do Método Canguru, um tipo de assistência neonatal que implica em contato pele a pele entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso (ou seja, bebês abaixo de 2,5kg). Por conta disto, será realizado, quarta (9), quinta (10) e sexta-feiras (11), nas dependências da maternidade, na Cohab, o curso "Sensibilização ao Método Canguru".
O curso será destinado a 40 profissionais da saúde que atuam em UTIs neonatais de maternidades da rede estadual em São Luís, Bacabal, Codó, Açailândia e Barra do Corda.
"Nossa intenção é destacar a política de atenção humanizada para bebês de baixo peso que normalmente vão para as UTIs e que podem ser muito beneficiados com a utilização do método", destacou a responsável pelo Método Canguru na Maternidade Marly Sarney e uma das organizadoras do curso, Marivanda Goudar.
Entre os profissionais que participarão do curso estão médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos. Durante os três dias de curso serão discutidos temas como a "Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso do Ministério da Saúde"; "Benefícios do Método Canguru para os bebês"; "Como o método alivia o estresse e as dores do recém-nascido"; "A importância do envolvimento da família no processo"; e "A relação do cuidador com o bebê".
O curso é uma realização da Secretaria de Estado de Saúde em parceria com o Ministério da Saúde e será ministrado com o apoio de técnicos do Hospital Universitário Materno Infantil, que é um Centro de Referência Federal no Método Canguru.
Além da Marly Sarney, o Complexo Materno Infantil formado pela Maternidade Benedito Leite e o Hospital Infantil Juvêncio Matos, e o Hospital Regional Materno Infantil, em Imperatriz, são unidades da rede estadual que também implantaram o Método Canguru. "Com o curso queremos estimular hospitais de outros municípios a adotarem o método, e para isto estamos investindo neste processo de sensibilização", disse Marivanda Goudar.
Método
A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso parcialmente desnudo na posição vertical contra o peito do adulto. Reconhecida pelo Ministério da Saúde como política fundamental de atenção ao recém-nascido prematuro, o método foi instituído na Maternidade Marly Sarney há dois anos.
Só são considerados como Método Canguru os sistemas que permitam o contato precoce, realizado de maneira orientada, por livre escolha da família, de forma crescente, segura e acompanhado de suporte assistencial por uma equipe de saúde adequadamente treinada.
Podem participar do Método Canguru gestantes com situações clínicas ou obstétricas com maior risco para o nascimento de crianças de baixo-peso; recém-nascidos de baixo peso, desde o momento de admissão na Unidade Neonatal até a sua alta hospitalar; mães e pais de bebês com baixo peso.
De acordo com Marivanda Goudar, o tempo de aplicação do método se dá, geralmente, desde o ingresso do recém-nascido na UTI até o momento em que ele atinja e/ou ultrapasse os 2,5kg.
A posição canguru foi idealizada na Colômbia em 1979 para diminuir a mortalidade neonatal elevada naquele país. A idéia era a de que a colocação do recém-nascido contra o peito da mãe promoveria maior estabilidade térmica, substituindo as incubadoras, permitindo alta precoce, menor taxa de infecção hospitalar e, consequentemente, melhor qualidade da assistência com menos custos para o sistema de saúde.
No Brasil, o Ministério da Saúde, em junho de 1999, criou a norma de atenção humanizada ao recém nascido de baixo peso. Em 2000, instituiu a implantação do método nas maternidades de referência em gestações de alto risco.
Vantagens do Método Canguru
– Aumentar o vínculo mãe-filho;
– Menor tempo de separação mãe-filho, evitando longos períodos sem
estimulação sensorial;
– Estímulo ao aleitamento materno, favorecendo maior frequência,
precocidade e duração;
– Maior competência e confiança dos pais no manuseio do seu filho de baixo-
peso, mesmo após a alta hospitalar;
– Melhor controle térmico;
– Menor número de recém-nascidos em unidades de cuidados intermediários,
devido à maior rotatividade de leitos;
– Melhor relacionamento da família com a equipe de saúde;
– Diminuição de infecção hospitalar;
– Menor permanência hospitalar.
Por Katia Brandão Cavalcanti
Parabéns pelo belíssimo trabalho!
Grande abraço,
Katia