Hospital de Água Branca faz sua primeira Oficina do Acolhimento
Com o objetivo de ampliar o debate e qualificar as equipes de trabalho para a implementação do acolhimento nas práticas de saúde, os trabalhadores do Hospital Municipal Senador Dirceu Mendes do município de Água Branca (PI), realizou no dia 17 de maio próximo, sua primeira oficina com foco no acolhimento com classificação de risco.
O município está localizado na microrregião do Médio Parnaíba Piauiense, sendo o HMDMA uma referência de saúde para a região. Atualmente, aproximadamente 30% das internações e consultas realizadas no hospital são destinadas a pacientes de outros municípios.
O Hospital recentemente passou por uma reforma em sua parte física e estrutural, tendo em vista melhor atender as necessidades de saúde da população do município.
A oficina contou com a participação de cerca de 40 profissionais, entre eles, médicos, enfermeiros, assistente social, dentista e demais trabalhadores de nível elementar e médio dos diversos setores de trabalho do hospital. Também esteve presente a Enfermeira Zaíra Paiva, Secretaria de Saúde do Município.
Abriu o evento a Enfermeira Luciane, apoiadora da PNH no Estado, que além de dar as boas vindas aos participantes, fez uma breve explanação sobre os motivos que fizeram disparar a realização da referida oficina. O hospital, desde 2011 vem buscando implementar o acolhimento com classificação de risco nos processos de trabalho, e tem como referência o HUT de Teresina. Na sequência, a Secretaria Municipal de Saúde, ressaltou a importância da realização da oficina para a qualificação dos trabalhadores que tem como uma das metas de trabalho, implantar o Acolhimento com Classificação de Risco, tendo em vista a melhoria do acesso e a garantia da melhoria da qualidade do atendimento.
Emília, Apoiadora Institucional da Política Estadual de Humanização, e convidada para colaborar na facilitação da oficina, iniciou os trabalhos provocando uma discussão sobre a Política Nacional de Humanização, pontuando as suas diretrizes e métodos de ação. Solicitou que cada participante escrevesse numa tarjeta o entendimento que tinha sobre o tema. O objetivo era fazer um parâmetro entre os conceitos apresentados pelos participantes, com os conceitos dos autores pesquisados, bem como avaliar o nível de compreensão e crescimento do grupo no final da oficina, a partir de um trabalho de grupo fundamentado nos seguintes questionamentos: O que entendemos por acolhimento?; O que é necessário para implementar o acolhimento no Hospital? Quais as dificuldades e desafios a serem superados?
O grupo demonstrou um certo entendimento sobre o acolhimento, porém ainda dentro de uma percepção reduzida e fragmentada. Nos trabalhos de grupo, já se percebeu uma visão mais ampliada dos participantes sobre a temática trabalhada.
Dentre as dificuldades e desafios apontados pelos trabalhadores para implementação do acolhimento com classificação de risco no hospital, destacam-se:
- Ampliação do quadro de trabalhadores
- Capacitação das equipes de trabalho com foco na humanização do cuidado
- adequação da ambiência
- Fortalecimento das relações no trabalho
- Elaboração de um protocolo de ACR para o hospital, tendo como objetivo a organização do fluxo de atendimento das demandas.
Por fim, foi realizada a avaliação do evento:
“Ampliou a nossa visão sobre saúde e a expectativa de um atendimento mais qualificado no hospital” , falou uma das enfermeiras.
“ Com a nova visão construída sobre o acolhimento na saúde, e a implantação do acolhimento com classificação de risco, esperamos alcançar uma melhoria na resolutividade das necessidades dos usuários, comentou a Secretária Municipal da Saúde.
Por Emilia Alves de Sousa
O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética que pressupõe escuta qualificada e atendimento das necessidades dos usuários, com responsabilização e resolutividade.