Os Afetos de Rede nos convocam para uma nova modulação da RHS
O grupo que faz a gestão de nossa rede vai reunir-se em São Paulo para cartografar/ arquitetar os novos caminhos a que ela se propõe. A partir dos movimentos que se criaram com a interconexão de nosso coletivo e de toda a exuberante produção de conhecimentos e práticas que o SUS viabiliza, podemos agora sonhar com outras possibilidades que emergem da vida em rede. E sonhamos alto.
Sonhamos com uma rede-afeto, que já se faz pela intensa circulação afetiva que nos constitui hoje, mas que pode ser potencializada ao ponto de tornar realidade as mais belas utopias da vida social. Pensamos a dimensão da saúde como um palco a partir do qual se ampliam as possibilidades de vida, incluindo o aumento das potências humanas. E estamos, como nunca dantes, instrumentalizados pelo advento das conquistas tecnológicas do mundo virtual para colocar em cena esse desejo de verdadeira coletividade.
Evento:
Vº Encontro Nacional do Editores/Cuidadores da Rede HumanizaSUS (RHS)
Período: de 2 a 4 de agosto de 2012.
Local: São Paulo, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Participantes:
De São Paulo:
André Benedito (editor-sênior da RHS)
Dalton Martins (administrador e desenvolvedor da RHS)
Daniela Matielo (administradora e desenvolvedora da RHS)
Luiz Augusto de Paula Souza (consultor de inteligência coletiva da RHS)
Maria Luiza Carrilho Sardenberg (editora da RHS)
Max Alvim (consultor de inteligência coletiva da RHS)
Ricardo Rodrigues Teixeira (coordenador da RHS)
Rogério da Costa (consultor de inteligência coletiva da RHS)
De outros estados:
Claudia Matthes (editora da RHS – Pejuçara/RS)
Emília Alves de Sousa (editora RHS – Teresina/PI)
Erasmo Ruiz (editor da RHS – Fortaleza/CE)
Felipe Cavalcanti (parceiro convidado, Comunidade de Práticas do DAB – Rio de Janeiro/RJ)
Gustavo Nunes de Oliveira (coordenador da PNH)
Lílian Weber (convidada a apresentar estudo sobre a RHS – Porto Alegre/RS)
Luciane Régio Martins (editora da RHS – Santa Maria/RS)
Maria Jacqueline Abrantes Gadelha (editora da RHS – Natal/RN)
Mariella Silva de Oliveira (Jornalista da PNH e editora da RHS – Brasília/DF)
Patrícia Campos (Consultora da PNH e editora da RHS – Blumenau/SC)
Rejane Guedes Pedroza (editora da RHS – Natal/RN)
Shirley Monteiro de Melo (editora da RHS – Natal/RN)
Introdução e justificativa
O Vº Encontro Nacional do Editores/Cuidadores da Rede HumanizaSUS (RHS) dá início ao processo de formação/intervenção dos editores/cuidadores da RHS, que integra o projeto de expansão e novos desenvolvimentos da RHS.
O projeto para uma nova fase da RHS propõe o redesenho da plataforma na web, a ampliação de suas funcionalidades, bem como a formação de seus editores/cuidadores, tanto para que
dominem as novas ferrramentas e dispositivos tecnológicos, quanto para ampliarem seu repertório de competências e habilidades relacionadas ao trabalho de mediação que realizam.
A formação do editores/cuidadores da RHS, no primeiro âmbito (TI), começa com o acompanhamento da modelagem e do novo protótipo da RHS e incluirá o treinamento presencial e on line nas novas funcionalidades e soluções tecnológicas que acompanham a reformulação da plataforma.
O plano de formação conceitual pretende oferecer uma perspectiva ético-política (prática) para se compreender e manejar os processos de mediação, que envolvem, no caso, desde acolher os usuários na Rede, até estimular o compartilhamento de saberes e experiências, fomentando a função apoio e certas formas de matriciamento entre os profissionais de saúde cadastrados, em função de seu perfil de usuário e de sua reputação (“karma”) na rede.
Os tópicos conceituais selecionados, em função da mencionada perspectiva ético-política, para serem tratados nos encontros presenciais de formação, se referem:
– Ao trabalho imaterial na saúde, como condição de possibilidade das práticas humanizadas em rede, e também como plano a partir do qual se torna possível sustentar o trabalho de profissionais e equipes, pela geração de vínculos afetivos, cognitivos e de co-responsabilidade entre usuários, profissionais e gestores na produção de saúde e na interpretação dos cenários sanitários locais, regionais e nacionais, de modo potencialmente mais ampliado, elaborado e consistente. Por essa via, a questão que se coloca à formação dos editores/cuidadores da RHS diz respeito ao alcance e à singularidade desse tipo de trabalho em uma rede colaborativa aberta na web.
– À reflexão sobre as relações entre o “dentro” e o “fora” da máquina do Estado, na discussão e na implementação de uma política pública de saúde como a PNH, que se propôs, também por meio da RHS, ao debate público sobre questões de saúde da população no SUS. Debate que foi, de fato, apropriado pelo público, exigindo dos editores/cuidadores que levem em conta convergências e também tensões que se estabelecem entre o público e as políticas públicas de saúde, ajudando a potencializar o debate que escape ao senso-comum e a reducionismos advindos, por exemplo, de discursos militantes idealizados e apriorísticos, e de perspectivas medicalizadoras e/ou meramente judicializantes.
– À busca do favorecimento da construção de coletivos inteligentes na rede, pela identificação e fomento aos movimentos autopoiéticos que ali são construídos, que se efetuam por meio de gestos de camaradagem, de auto-criação e de auto-aprendizados. Tal ação, no plano da formação do editores/cuidadores da RHS, pede um exercício conceitualmente fundamentado e compartilhado de refinamento da escuta aos processos micropolíticos capazes de aumentar a potência para agir em rede.
Esses três blocos da formação conceitual e o redesenho da plataforma RHS interagem e são interdependentes. A partir de seu design colaborativo, a RHS procura compatibilizar os propósitos da rede ao ferramental tecnológico que disponibiliza aos seus usuários e editores/cuidadores.
O processo de formação/intervenção envolve, nessa etapa do projeto, três encontros presenciais de 24 horas cada um. Os três momentos presenciais aqui propostos vão desenvolver os três blocos conceituais acima delineados; e isto se dará em linha com a modelagem e a implementação das novas funcionalidades da RHS, conforme o plano geral apresentado a seguir:
Plano geral dos momentos presenciais do processo de formação/intervenção
1o Encontro Presencial (02, 03 e 04/08/2012)
Temática conceitual: Trabalho Imaterial e produção de redes colaborativas abertas.
Temática de TI: Apropriação do uso da nova plataforma da RHS pelos editores/cuidadores.
2o Encontro Presencial (data a definir)
Temática Conceitual: Inteligência Coletiva e apoio e matriciamento em rede aberta na web.
Temática de TI: Implementação das funcionalidades relacionadas ao Perfil do Usuário da RHS,
com novas funcionalidade para recepção e manejo das ofertas e demandas dos usuários na
rede: delineamento do “karma” dos usuários.
3o Encontro Presencial (data a definir)
Temática Conceitual e de TI: Análise do trabalho dos editores/cuidadores e do desempenho da plataforma RHS ao final de um semestre de implementação; identificação dos aspectos produtivos e dos desafios a serem enfrentados na interface do trabalho de mediação e do ferramental tecnológico desenvolvido e utilizado; projeção da continuidade dos processos de expansão da rede e de seus desdobramentos em termos de formação dos editores/cuidadores e de incremento tecnológico.
***
Sobre o Vº Encontro Nacional dos Editores/Cuidadores da RHS, que corresponde ao 1º Encontro dessa série de formação/intervenção, que faz parte do projeto da nova RHS…
Objetivos específicos do evento:
– Início do processo de formação dos editores/cuidadores da RHS.
– Compartilhamento de referencial teórico-conceitual que amplie a compreensão e a capacidade de análise do que se passa na experiência da Rede;
– Realização de exercícios de análise da própria RHS;
– Reconhecimento do Ecomapa da RHS e sua distribuição por várias plataformas/ferramentas disponíveis na web;
– Aprofundamento prático no uso da nova plataforma da RHS, com a criação da Comunidade de Editores/Cuidadores;
– Pactuações do trabalho coletivo e colaborativo dos editores/cuidadores e discussão das novas formas de contratualização desse trabalho.
Programação
02/08 Quinta: O nome do jogo
9h00 – Abertura:
o que é a RHS?
Por que uma nova fase?
Quais desafios ela nos coloca?
Quais expectativas?
(Coord. Ricardo)
A inteligência é coletiva
(Coord. Rogério e Tuto)
12h30min – 14h00 – a l m o ç o
Tarde:
Trabalho imaterial e produção de saúde
(Coord. Ricardo)
18h00min – 19h30min – Continuação do debate da tarde e preparação das atividades do segundo dia – até 21:30.
*
03/08 Sexta: O jogo
9h00 –
Produzir(-nos) ponto com : a constituição do coletivo
“rede humanizasus” e a produção cooperativa
(Coord. Lílian)
Colocar em análise afetos e funções
(Coord. Rogério, Max e Tuto)
12h30min – 14h00 – a l m o ç o
Tarde:
Ecomapa da RHS
Conhecendo os agenciamentos tecnológicos
(Coord. André, Dani e Dalton)
*
04/08 – Sábado: O campo virtual
Novas funcionalidades da rhs
Atividade em laboratório de informática
(Coord. André, Dani e Dalton)
(Coord. Ricardo)
Tarde: Coletivo Emergente
Roda de conversa: avaliação do encontro,
produção de um documento de pactuações e
de um cronograma de gestão
(Coord. Ricardo e Gustavo)
18h00 – 19h30min: j a n t a r
19h30min Continuação da conversa e fechamento do documento e do cronograma de gestão do projeto – até 22h00.
Para esse encontro, dois textos preparatórios foram disponibilizados. Compartilhando com vocês! Aqui:
🙂
Por Emilia Alves de Sousa
A Rede HumanizaSUS é uma aposta no apoio virtual aos serviços de saúde,considerando que este não se faz apenas “in loco” (BRASIL, s/d.). Um apoio fundamentado na informação, no conhecimento e no afeto.
Valeu Isa!
Um abraço afetuoso!
Emília