A sutileza do cuidado
Quando nos formamos em um curso que possui a saúde como foco principal de atenção, nos deparamos com o outro, que detém certa subjetividade e que pode não aceitar, ou ainda desacreditar no que propomos para ele, achando muitas vezes que seu conhecimento é melhor do que o conhecimento do profissional que detém esse suposto saber.
Sabe-se que, hoje em dia, as pessoas têm maior acesso aos meios de comunicação e isso de certa forma favorece uma maior interação entre aqueles que difundem o conhecimento, com aqueles que o procuram.
Não se pode confiar em tudo que lemos ou ouvimos, devemos sempre construir nosso próprio entendimento daquilo que é transmitido e partir daí, criticamente, avaliar esse cuidado que outro nos determina.
É comum escutarmos pessoas que dizem ter passado por vários médicos na tentativa de descobrir certo tipo de desequilíbrio orgânico e/ou emocional, mas acabam se frustrando ao perceber que a resposta muitas vezes é uma incógnita para ambos. Essa frustração é comum, já que depositamos no outro as esperança de descobrimos algo sobre nós mesmos.
Ter cuidado sobre si não significa ser um hipocondríaco, mas uma pessoa que (re)conhece que o seu corpo fala, que ele transmite ao indivíduo uma resposta ao diversos estímulos da vida.
Uma alimentação inadequada ao longo do tempo sensibiliza o organismo e causa certo desequilíbrio que pode proporcionar o surgimento de uma patologia específica.
Observar no dia a dia a forma como nos alimentamos pode nos fazer capazes de aos poucos identificar aqueles alimentos mais agressivos ao nosso organismo, os que comemos compulsivamente e o que deixamos de comer.
Nossa saúde é o bem mais precioso que possuímos, dessa forma devemos zelar por ela e saber o momento certo de fazermos determinadas mudanças.
Diante dos riscos a que estamos sujeitos, talvez o maior deles seja o descaso com que alguns cuidam de si. Por sua vez o cuidado de si exige que estejamos sempre atentos as mudanças no corpo e na mente, e que tais mudanças possam ser trabalhadas e elaboradas com o intuito maior de nós compreendermos cada vez mais.
Foto: banco de imagens google.
Por Emilia Alves de Sousa
Olá Ginetta, já estávamos sentindo a ausência das suas publicações nesta rede!
Comungamos com a sua colocação no que tange ao descuido de si. Ás vezes não só descuidamos, mas ainda "abusamos de si", não respeitando os limites do corpo, e quando isto acontece, o adoecimento sempre vem.
Indico aqui um artigo do Rogério Costa que discute a inteligência coletiva: comunicação, capitalismo cognitivo e micropolítica, onde entre outras questões, faz uma referência sobre o "uso de si" e o "abuso de si" no trabalho imaterial.
https://revistaseletronicas.pucrs.br/fale/ojs/index.php/revistafamecos/article/viewFile/4801/3605
Um abraço!
Emília