Dia 28 de Setembro é o Dia pela Legalização do Aborto na América Latina e Caribe. Porque aborto legal e seguro é uma questão de direitos, uma questão de democracia!
Música: "Ventre Livre de Fato"
Letra: Luana Hansen e Elisa Gargiulo
Interpretação: MC Luana Hansen
Nasceu mais um fruto do acaso
O mané que não quer nada, o sobrenome é Descaso
Uma gravidez indesejada mesmo com a prevenção
Não importa sua crença ou religião
Imagina, de uma forma perigosa e clandestina
Como vai fazer pra mudar a sua sina
Um direito em que vários países já é estabelecido
No Brasil, quase sempre passa despercebido
Hipocrisia, pra desconhecida é a punição
Mas se for da família é só tratar com discrição
Morre negra, morre jovem
Morre gente da favela,
Morre o povo que é carente
Que não passa na novela
28 de setembro não é só mais um
É dia de luta, não é dia comum
Direito imediato, revolução de fato
Protesto na batida, ventre livre de fato
Direito imediato, revolução de fato
Protesto na batida, ventre livre de fato
Então lutar pela legalização do aborto
É lutar pela saúde da mulher
Um milhão de abortos no Brasil por ano
Você vai me dizer que não sabia, que é engano?
A cada 7 mulheres, 1 já fez aborto, isso é estatística não é papo de louco
Inseguro, feito de uma forma clandestina
Acorda, Brasil, o nome disso é chacina.
Hipocrisia, pra desconhecida é a punição
Mas se for da família é só tratar com discrição
Morre negra, morre jovem
Morre gente da favela,
Morre o povo que é carente
Que não passa na novela
28 de setembro não é só mais um
É dia de luta não é um dia comum
Direito imediato, revolução de fato
Protesto na batida, ventre livre de fato
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CATÓLICAS EM CAMPANHA PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
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Saiba mais: https://www.sededeque.com.br/28desetembro
Católicas pelo Direito de Decidir: https://www.catolicas.org.br
Por catia martins
Olá Ricardo e pessoal da RHS, ótimo encontrar a discussão pela legalização do aborto aqui!
Pra´lém da posições pessois de ser favorável ou não pela interrupção da gravidez, é necessário olharmos para os fatos. O CEBES* fala em 1 a cada 5 mulheres em idade reprodutiva que já fizeram um aborto. O rap, ai acima, ressalta 1 a cada 7 mulheres. A imprecisão dos dados evidencia o tabu com que a questão é tratada pela sociedade brasileira. Estima-se que 4 milhões de mulheres no país já fizeram aborto clandestino.
Um país tão desigual como o nosso faz com que mulheres mais abastadas resolvam com mais facilidade, já as pobres têm que 'se virar'… E, ao contrário do que se imagina, a Pesquisa Nacional do Aborto **, de 2010, realizada pela Universidade de Brasília (UnB), aponta que os abortos são praticados por mulheres, em sua maioria, casadas e mães de família, mas que não desejam aumentar a prole. São homens e mulheres comuns!
As mulheres são submetidas a condições inseguras quando precisavam mesmo é de cuidado, de planejamento familiar, orientação e diálogo! Essa não é uma questão de polícia, mas uma questão de saúde, então, nossa.
Há muitas experiências pelo mundo afora de formas dignas de tratar as mulheres e homens que optam pela interrupção da gradivez. Como ainda estamos longe da legalização, um bom exemplo é o Uruguai. Desde 2004 o país vizinho tem enfrentado a questão do aborto como uma política de redução de danos. Lá o aborto também é crime na maioria dos casos, mas as mulheres recebem orientação sobre riscos, sobre métodos e têm espaço para o diálogo nos serviços de saúde antes e depois da prática.
(a) Deixo aqui o link para o blog do Cebes: https://www.cebes.org.br/verBlog.asp?idConteudo=3657&idSubCategoria=56
Há um vídeo da antropológa Debora Diniz bastante esclarecedor sobre essa discussão.
(b) Sobre o inquerito realizado pela UNB: https://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=66085
um abraço, Catia