Nós não ficaremos invisíveis!
Na história recente temos acompanhado a aumento alarmante dos casos diários de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes e com isso a supervalorização de uma agenda em detrimento de outra, cuja data é também demarcada em 18 de Maio.
Desde o II Congresso Nacional de Trabalhadores de Saúde Mental, na cidade de Bauru – SP, em 1987, quando foi elaborado o Manifesto de Bauru, com a bandeira “Por uma Sociedade Sem Manicômios”, estamos lutando contra uma força imperiosa, que nos reduz ao estatuto do risco e da incapacidade
O tempo passou e o Dia Nacional da Luta Antimanicomial ficou invisível para sociedade, sendo lembrado apenas por trabalhadores e usuários dos serviços de saúde mental do país.
Mas o que acontece com grande parte das vítimas de violência sexual no Brasil ? sejam crianças, adolescentes ou adultos.
Em grande parte, se dá um excesso, muito maior do que a capacidade de suportar do ponto de vista físico e psíquico, chamado “trauma”.
Essa condição é desestruturante, em grande parte dos abusos, tem o potencial para desencadear um nível de sofrimento psíquico de natureza patológica e também o refúgio no uso de substâncias psicoativas.
O que estamos a dizer é que grande parte dessa abominável violência e abuso sexual, acaba nos serviços que compõe a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), de maneira que a sensatez nos indica que o melhor caminho é o da união de forças e jamais da dicotomia de categorias sociais, uma vez que sofrem das mais diversas violações de direitos fundamentais.
A Luta Antimanicomial não segrega ninguém e tem como objetivo garantir direitos a todos os dissidentes sociais e vítimas do desamparo, preconceito e discriminação que repousam na sociedade.
Por essa razão, no Dia 18 de Maio, levantamos uma única bandeira, pois já passou do tempo desse binômio se observar, pois chegou a hora de agir de maneira compartilhada e totalmente transversal.
Afinal esse é o Caps Tauá: O Lugar onde uma outra saúde mental acontece!