Sobre a Humanização da Medicina
Existe uma farta literatura que tematiza e/ou estuda a problemática da desumanização da prática médica. O interessante a se notar é que, aparentemente, aquilo que se convencionou chamar de "desafetivação", "frieza", ‘distanciamento", "embotamento", parece ser um fenômeno relativamente mundial, em particular, de sociedades industrializadas. Entre as muitas razões identificadas como determinantes dessa problemática, existe uma discussão muito interessante que problematiza a questão a partir da forma como os estudantes de medicina assimilam seus conhecimentos. Grosso modo, estar exposto quase o tempo todo a uma carga didática intensa e abstrata afastaria o estudante de questões mais importantes do que a mera assimilação de conteúdos: o contato direto com as pessoas e suas problemáticas cotidianas nos espaços institucionais. As matérias nos links abaixo falam sobre a humanização da prática médica e sobre a proposta de formação do Curso de Medicina da Universidade Federal de São Carlos, que tenta superar a dicotomia entre assimilação e cotidiano. Vale a pena ler e refletir. Os textos foram retirados do "UNIVERSIA" , um interessante portal de rede de universidades brasileiras e iberoamericanas, com mais de um milhão e meio de usuários. Acesse a página inicial do Universia em https://www.universia.com.br/
Matérias sobre humanziação da prática médica em
https://www.universiaempregos.com.br/materia/materia.jsp?materia=12970
https://www.universiaempregos.com.br/materia/materia.jsp?materia=12982
Por patrinutri
Muito interessante este seu post meu amigo.
Acho mesmo que a "arte de curar" a que se refere Bernard Lown a meu ver se refere muito mais a tratar esta profissão como fonte de dinheiro ,esquecendo-se de onde ele vem.
O ser humano adoece quando perde de vista o sentido de seu trabalho não é mesmo?
Este adoecimento acomete também os médicos e muitas categorias que acabaram por limitar-se a ver na profissão fonte de renda, sem o aspecto do compromisso social.
Em especial quem estuda em universidade pública deveria ter o tempo todo presente o compromisso social que assume quando tem o privilégio de aprimorar seus conhecimentos as custas de um bem comum.
Mas isto sim é reflexo da industrialização, do capitalismo, da pressa, da mercantilização da vida.
Aliás este modo de vida tem como principal produto o esvaziamento.
Se não sei a origem, se esqueço de onde vem, qual história acumula, o que resta é uma casca, um oco, um objeto valorizado pelo desejo de possuir e não pelo valor do trabalho que encerra.
Grande beijo e obrigada pela contrubuição,
Patrícia S. C. Silva
Blumenau SC