Tem Boi na Rede
CONDUÇÃO DA POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO NO ESTADO DO MARANHÃO
O Estado do Maranhão, no âmbito da saúde, elegeu o ano de 2008 como o ano da Humanização da gestão e da atenção em saúde no sentido de radicalizar a utilização dos princípios, diretrizes, método, planejamento e dispositivos da PNH, logicamente em consonância com o acúmulo das práticas já existentes no estado, nas macro-regionais, nas regionais e locais no que tange aos espaços de gestão do SUS, agregando ainda algumas experiências exitosas oriundas do antigo PNAH como Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, Hospital Estadual, Nina Rodrigues, dentre outros.
As Políticas de Humanização, de Educação Permanente em Saúde e da Saúde do trabalhador, essa ligada também aos Centros de Referência em Saúde do trabalhador (CEREST), representam condições basilares para concretização da missão do SUS que é garantir o acesso e qualidade do atendimento público de saúde a toda população, por meios de seus princípios ideológicos e constitucionais: universalidade, integralidade e equidade da atenção à saúde. As características: qualidade, transversalidade e autonomia, deverão revestir essa política, constituindo em facilitadores desse processo, visto que elas atravessam as ações dos diferentes seguimentos de prestação da assistência e da gestão dos estabelecimentos de saúde que atendem a população maranhense, dentro da abrangência do SUS.
A adoção dessas medidas objetiva reduzir a defasagem existente entre a capacidade operativa da máquina estatal e as novas exigências do momento político, substancialmente marcadas por maiores aspirações do desenvolvimento social. Essa visão remete-nos à certeza de que as pessoas constituem recursos estratégicos importantíssimos nas organizações, portanto investir no conhecimento/capacitação e na qualidade de vida de trabalhadores e usuários é a forma de garantir a consolidação da missão institucional.
Dentro dessas prerrogativas escolhemos articular no Maranhão a construção da Política de Humanização respeitando as esferas de poder, articulando e criando rodas de gestão por dentro do poder estatal, saindo das esferas micro para macro de poder acumulado, logicamente com a estreita ligação com os movimentos sociais representados nessas esferas e buscando outros parceiros que fomos percebendo ao longo do ano de 2007, em longas rodas de conversas às vezes bastantes acalouradas e de posições dialmetalmente opostas, porém sempre na certeza de construção de consensos.
Acredito que esses arranjos são peculiares a cada estado ou região desse imenso país, portanto o que esta sendo construído no Maranhão sirva e talvez não sirva como molde estratégico para outros lugares, porém é dessa forma que estamos consolidando a Política Nacional de Humanização junto aos trabalhadores, gestores e povos do Maranhão.
A escolha da Humanização como política norteadora da saúde no Maranhão já é sem dúvida uma grande conquista para nós que fazemos a PNH como um todo. Fiquemos felizes.
Ernani Vieira Vasconcelos Filho
Por Annatália Meneses de Amorim Gomes
É muito bom ir vendo que a PNH se multiplica e desenvolve formas de sustentabilidade no ´SUS. O expressivo movimento e capilarização nos níveis de atenção e gestão que vem sendo criado, com o amplo envolvimento dos sujeitos, mostra-se como este caminho promissor do SUS que dá certo! Essa potência dos coletivos pode possibiitar a continuidade histórica deste processo, ampliando redes de contato e de ações.
Parabéns a todos e todas que estão envolvidos nesta construção!
Estamos juntos, é um prazer caminhar com vocês e todos da PNH neste movimento do HumanizaSUS.
Abraços
Annatália