HumanizaSUS promove espaço de trocas durante o Fórum Social Mundial
“Se somos humanos, por que temos que nos humanizar?”
Josélio, trabalhador da saúde em Marabá – PA, levantou esse estranhamento em relação à Política de Humanização, durante roda de conversa na Mostra HumanizaSUS.
Ele e boa parte dos participantes do Fórum Social Mundial, realizado de 27 a 31 de janeiro em Belém – PA, não conhecia o HumanizaSUS e aproveitaram o espaço de discussão para debater não só com as consultoras responsáveis pela Mostra, mas também com os relatos de outros participantes, como o estudante de ciências sociais da UFPA Guilherme Bemergery, que participou de todas as rodas. “As conversas foram muito produtivas, é bom ver que há pessoas de várias partes do país lutando em prol do SUS” afirma o jovem.
Assim como Bemergery, os representantes do Sindsaúde do estado de Pernambuco Fernando da Silva e Ronildo Santiago, também marcaram presença em todos os debates e elogiaram – e muito! – a troca de idéias. “O SUS precisa de divulgação e participação dos trabalhadores e usuários nessas rodas é fundamental,” afirma Santiago.
Para uma das responsáveis pelos debates no Fórum, a consultora da PNH Olga Matoso, as rodas são espaço oportuno para esclarecer dúvidas simples, desde o fato de todo brasileiro ser sim usuário do SUS, passando por assuntos como denúncias, reclamações até relatos de boas experiências e o funcionamento de um conselho de saúde. “A roda propicia a participação popular. É um espaço democrático, de acordo com a realidade dos participantes” afirma ela.
De fato, as rodas propiciaram a manifestação de diferentes realidades do SUS pelo Brasil, nas falas dos visitantes e também nas apresentações de teatro e coral, realizadas após cada debate.
“Os participantes após a roda estão mobilizados e voltam a seus locais com uma outra forma de se pensar a participação popular no SUS e o próprio SUS” conclui Matoso.
Ela lembra também a importância da exibição de vídeos, para aquecer as rodas de conversa, divulgadas através de cartazes e banners no espaço da Mostra e também no acampamento da juventude, na Universidade Federal Rural da Amazônia, UFRA, onde acamparam 15 mil jovens.
Para outras informações da participação da Política Nacional de Humanização no Fórum Social Mundial, clique aqui.