referencial teórico-operacional para as intervenções da UP Tchê Humaniza

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Ana Brod 03/04/2009

No âmbito da saúde, “rede” pode ser usada para representar as relações que uma instituição estabelece entre seus vários setores e projetos, com os usuários, instituições públicas ou privadas, e representantes da comunidade. O trabalho em rede possibilita que as ações realizadas e os efeitos alcançados possam ir além dos limites dos locais de trabalho, fortalecendo outras instituições e a comunidade mais ampla, além de estimular seus integrantes a participarem da experiência de outros componentes.

Nossa rede é composta pela 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, que possui sede em Pelotas e abrange mais 21 municípios. Destes, Pelotas é o único município em Gestão Plena do Sistema Municipal, considerado referência de média e alta complexidade para a 3ª Coordenadoria Regional de Saúde e, em alguns casos, para pacientes da 7ª Coordenadoria. Outro município que vem despontando nos últimos anos como pólo de serviços de saúde é Rio Grande.

Visando a integração e fortalecimento da nossa rede de Saúde, a Unidade de Produção (UP) Tchê Humaniza, da qual fazemos parte como apoiadoras no Curso de Pós Graduação em Humanização da Atenção e Gestão do SUS, durante as reuniões de supervisão, decidiu realizar seminários ou encontros nos locais de trabalho, abrindo espaço para discussão entre os diversos sujeitos do processo, além de instrumentalizar os futuros apoiadores, possibilitando a formação de redes e inserindo a Política Nacional de Humanização (PNH) nestes locais.

A realização dos seminários foi uma estratégia da UP para iniciar a provocação sobre a PNH. Tivemos a oportunidade de promover a formação, assim como movimentos de rodas, onde os participantes manifestaram suas angustias a até mesmo suas frustrações. Reforçamos que esta política tem por finalidade discutir as relações estabelecidas entre os diferentes atores envolvidos (usuários, trabalhadores e gestores), levando à promoção da qualidade de saúde para todos.

Como afirma Eduardo Passos, a função do apoiador institucional é garantir que a roda rode, pois toda roda rodando é a expressão de um coletivo (diferente de um agrupamento de pessoas), é uma dinâmica, é co-responsabilidade. Ao concluirmos parte desse trabalho, observamos que essa estratégia de atuação da UP foi positiva, uma vez que nos permitiu, sobretudo, valorizar a reconstrução das redes, vinculando-as à PNH.

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