CAPILARIZAÇÃO DA PNH NO PSF
Sob olhares atentos iniciamos a primeira reunião no PSF Mecejana para falar sobre a proposta de implantação do Acolhimento com Classificação de Risco-ACCR e Agenda Aberta, no dia 07/12. Houve uma primeira rodada de apresentação dos participantes: trabalhadores da unidade, assessoria de humanização e residentes da saúde da família. Na seqüência o Dr Helizandro que é médico da unidade e residente em saúde da família apresentou a proposta e as expectativas com a implantação do novo modelo de trabalho.
O Enfermeiro contextualizou a área em que a UBS está inserida, uma população flutuante com muitos militares, além de trabalhadores domésticas de outros bairros que utilizam a unidade, e um serviço estadual de atendimento social às gestantes próximo a unidade, que ocasiona uma grande procura pelo cartão de Pré-Natal mas depois somem. Ele pediu mais esclarecimentos sobre a Agenda Aberta, para que não haja confusão na hora do atendimento, como as pessoas acharem que é ter atendimento médico na hora que chegar na unidade, ao que Dr Helizandro fez os esclarecimentos, dizendo ainda que teremos outros momentos de estudo no PSF Mecejana.
Foi explanado pela assessoria de humanização – Lucimara Araújo, sobre a aposta da PNH através de Diretrizes e Dispositivos, e mais especificamente sobre o Acolhimento. E aproveitando para desmistificar sobre como alguns trabalhadores ainda vêem a humanização como um “setor” para realizar festinhas.
Surgiram questionamentos sobre a forma de marcação, como repassar as informações para a comunidade, como por exemplo, se ninguém sairá da UBS sem resposta como será isso? E se as pessoas podem ser direcionadas para o atendimento no dia seguinte como respeitar a vez de chegada? Ao que Dra Elizabeth (PSF Jd Primavera) esclareceu que sim, as pessoas podem ser direcionadas para o dia seguinte, mas ai já é o ACCR em funcionamento, e nesse caso, não é “por vez de chegada” e sim ordem de prioridades. A preocupação do setor de recepção, pois via de regra, no modelo antigo, são o primeiro contato do usuário com a unidade, para ter acesso a marcação de consultas.
Dra Simone (PSF União) explicou o que significa o ACCR para a atenção básica, que não é de “risco” como nas emergências, mas que prioridades seria mais adequado. Falou como deve ser o processo, que incluir a comunidade é a melhor forma, que esta dando certo no União assim.
Alguns profissionais destacaram a ausência dos gestores, ao longo de um processo, e da falta de estrutura de trabalho para ampliar algumas ações. Foi falado da falta de “consciência” dos usuários, que muitas vezes entende a demora ou recusa de um atendimento particular, mas quando é do público aciona os canais de reclamação legais e ainda a imprensa.
A assessoria de humanização aproveitou a oportunidade para destacar a diretriz da Autonomia e Protagonismo dos Sujeitos, ressaltando a necessidade de união entre trabalhadores e usuários na construção dos planos para a unidade, que dever ser pensado como construir o sentimento de pertencimento a partir da inserção de todos nesse projeto. Dr. Helizandro destacou o fato, de que muitos usuários tem uma visão pouco qualificada do que é público, nesse caso seria “o que é meu”, e ele esclareceu que a melhor visão é “o que é nosso”, pois é de todos, não só para usar mas para cuidar também, desenvolvendo cidadania na comunidade.
Dra Fanir (PSF Centenário) explicou sobre a proposta de trabalho, sobre o comprometimento de todos para o sucesso da ação, que devem estabelecer reuniões periódicas para estudo da PNH, como foi feito no Centenário, com o apoio da humanização.
Ficou agendada uma nova data para iniciar os estudos sobre a Política de Humanização, no dia 20/12, com a participação de todos da unidade, e para traçar um plano de trabalho. Finalizando o encontro, Dr Helizandro apresentou um vídeo para representar a sincronia de um trabalho em grupo e que ele deseja desenvolver isso com seus colegas, já que ele é recém chegado na unidade. E para não perder o costume fomos tomar um lanche ofertado pela equipe.
Até a próxima! HumanizaSUS!
Por Angela Vaz7
Lucimara
Muito bom o primeiro passos,eu quando cheguei na unidade do UBS,assustei com tudo.Acostumada com a emergência,colocaram numa população carente com todos os problemas existentes.Havia,momento que pensei será que vamos conseguir?E aos poucos,fui conscientizando,que a unidade é como se fosse um consultório médico,as urgências e emergências são encaminhdas para o pronto socorro,por ser uma população já me conhecir do pronto socorro, no qual fiz até parto desta comunidade dentro da ambulância dentro do bairro, devido que não deu para a futura mãe ter o filho na maternidade.Tive o respeito aos poucos da comunidade,mais antes eles madrugavam na fila para conseguir as consultas e a recepcionista já deixava na porta o número de vaga existente.Que até hoje não posso responder onde sumia as vagas,então,cada mudança eu ia explicando dentro dos 15 dias e depois perguntava o que estavam achando e pedia ajuda deles.Hoje,todos vão lá e tenho que policiar demais usuários de outras áreas que desejam cadastrar lá.Só que havia dias que saia sem voz,de tanto falar.Só que o acolhimento,o bom senso,que eles possam ser o ator da situação é muito importante.