Corpo de corpos – Poesia

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Compas

 

Da bela imagem que nos foi ofertada pela Iza em "O que pode a RHS?", que utilizo de novo porque tem gosto de quero mais, passei fácil para uma poesia minha que acho que reflete o que somos nessa rede: 

 

CORPO DE CORPOS
03/04/2005

 

Apenas passagem,
O corpo respira e se expele…
Nem dentro, nem fora,
Apenas um agora
Em intensa ternura, a pele.
Tão corpo sem ser,
Tão ato se sendo,
Num sempre se dando,
Aquilo que doa
Já vai recebendo.
Um corpo de afeto,
De vida vivendo,
Pulsar de um feto
No escuro crescendo.
Apenas carinho,
Tão simples vestido,
Complexo caminho,
São corpos sentindo.

 

 

Um corpo não vê,

Um corpo não pensa,

Sentir é saber,

Viver recompensa.
Se a sorte o cansa,
Se a morte o visita,
Se lembra da dança,
A si regurgita.
Um corpo é só corpo,
Usina de afagos,
Um corpo é potência,
É água, não lagos.

 

 

Bom fim de mundo a todos. Que após o fatídico 21/12 ressurjamos todos antenados para as festas da renovação a fim de efetuarmos em 2013 um mundo realmente novo.

Abs.

Miguel Maia