Santa Maria: Um SUS que surpreende!
No dia 26/04/2013 o Zero hora publicou uma entrevista com uma das vítimas da boate Kiss em Santa Maria. A entrevista nos foi enviada pelo consultor da PNH, Cesar Ramos.
A entrevistada Renata Ravanello, de 25 anos teve 20% do corpo queimado e desde o incidente permanece internada no Hospital de Clínicas na capital gaúcha.
Chama especial atenção a resposta dada por Renata a seguinte pergunta do entrevistador: “Que mensagem fica depois de uma experiência tão traumática?”
Em meio à imensidão de sofrimento , perdas e afetos tristes mobilizados pela tragédia, para nossa surpresa, Renata prefere enfatizar sua mensagem nos aspectos da humanização do SUS, uma necessidade coletiva e que atravessou sua vida a partir do incidente
“Com certeza essa experiência é traumatizante. Mas ela também faz a gente ver o outro lado, o da questão da saúde pública, por exemplo. Foi uma operação tão grande e que deu tão certo, que faz com que as autoridades comecem a olhar com um olhar mais humano para a melhorar atendimento pelo SUS, que nos tratou e continua nos tratando tão bem. Espero que a saúde pública possa receber mais investimentos, para melhorar a saúde de todo mundo”.
Em outros momentos da entrevista, podemos perceber falas que enfatizam a ação coletiva dos profissionais e o direito as acompanhantes em tempo integral.
Junto aos esforços da rede de saúde local, voluntários e sociedade civil, não poderia deixar de dar ênfase a ação da PNH que se dedicou naquele momento e ainda tem se dedicado, especialmente a humanização da atenção a qual Renata se refere.
Com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a PNH desenvolveu ações junto aos trabalhadores de saúde, usuários e e familiares das vítimas do incêndio em Santa Maria–RS. Foram enviados apoiadores e consultores da PNH ao município, a partir da ação coordenada da gestão da PNH e do pioneirismo do consultor Carlos Garcia, que deu início ao trabalho na articulação com os diferentes núcleos da saúde, rodízio e plantões de profissionais, oficinas de planejamento, ampliação no acesso para familiares e cuidadores, ações em saúde mental, acolhimento, co-construção de projetos terapêuticos singulares e apoio às redes locais foram algumas das atividades desenvolvidas.
Parabenizamos a ação da gestão e de consultores da PNH como Liane Rigui, César Ramos, Fernando Borges de Moraes, Karina Kaltenbach, Suela Maiara e Antonio Gomes, Liamara Denise Ubssi, Carine Bianca, Luciane Régio. Parabenizamos também toda rede de apoio que se constituiu localmente com apoio de trabalhadores e voluntários de todo Brasil.
Além disso, uma rede de colaboração virtual foi formada, e por meio da Rede HumanizaSUS, que pode ser conferida nos posts:
AbraSUS
Sabrina Ferigato