Semana da Luta Antimanicomial – Espaços públicos de Porto Alegre serão ocupados com arte e discussão sobre Saúde Mental
De 13 a 18 de maio, intervenções urbanas, atrações teatrais, sessões de cinema e muita discussão sobre o cuidado em liberdade em Saúde Mental tomarão espaços públicos de Porto Alegre e o Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP). São ações da Semana da Luta Antimanicomial, promovida pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) para marcar os 21 anos da Reforma Psiquiátrica no Estado.
A coordenadora da Seção de Saúde Mental da SES, Károl Cabral, explica que o objetivo das atividades é dar visibilidade à discussão sobre a forma como a sociedade cuida das pessoas em sofrimento psíquico. “Embora a proposta de substituição do modelo manicomial por uma rede de atendimento já tenha completado 21 anos no RS, ainda é preciso avançar na mudança da cultura e no fortalecimento desta rede”, afirma Károl.
Entre as atrações previstas para a semana estão o grupo teatral italiano Accademia della Follia, composto por “loucos de profissão e atores por vocação”. Formado por usuários do Hospital Psiquiátrico de Trieste, da Itália, o grupo aborda o tema das relações entre pacientes psiquiátricos e promove um debate com artistas, operadores e usuários de saúde mental. O grupo estará presente na atividade de segunda-feira (13), às 10 horas, no Largo Glênio Peres, e apresentará o espetáculo “Azul como a Liberdade”, no encerramento da semana, no sábado (18), no Hospital Psiquiátrico São Pedro.
Durante a semana, o hospital também sediará sessões de cinema, na quarta-feira (15), às 18h. Serão apresentados os filmes brasileiros “Eu conheço o Abel”, dirigido por Rafael Wolski, e “Menos que Nada”, de Carlos Gerbase. Após a exibição, os diretores participam de debate com o público. A programação inclui ainda uma audiência pública sobre a situação da saúde mental a as internações compulsórias, na quarta-feira (15), às 9h40min, na Assembleia Legislativa do Estado.
A equipe da Seção de Saúde Mental da Secretaria Estadual da Saúde (SES) estará presente nas atividades para fomentar tanto o uso dos serviços de saúde mental como a participação das comunidades, famílias e os usuários na formulação e na tomada de decisões sobre as políticas públicas neste âmbito.
Por Cláudia Matthes
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