Rede Cegonha em Mato Grosso do Sul
É com um pouquinho de atraso que esta vitória chega aqui na RHS…
Para mudar o atual cenário do parto e nascimento no país, uma das estratégias da Rede Cegonha é incentivar a formação de profissionais em enfermagem obstétrica através do o Programa Nacional de Residência em Enfermagem Obstetrícia (PRONAENF).
Em Mato Grosso do Sul, após muitas conversas no Grupo Condutor Ampliado da Rede Cegonha, a Universidade Federal (UFMS) realizou a aula inaugural dos alunos da 1° turma do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica, em abril.
A residência é uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação e apoiado por diversas instituições – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Centro de Ciências Biológicas e da Saúde e, Núcleo de Hospital Universitário), Secretaria de Estado da Saúde (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) e Secretaria Municipal de Saúde (Unidades Básicas de Saúde, Centro de Referência em Saúde, Unidades de Pronto Atendimento, Maternidade Vó Honória).
Foram selecionados seis enfermeiros que estão nesse primeiro semestre atuando nas UBSFs. Nos semestres subsequentes, estarão na atenção especializada e depois na atenção ao parto e nascimento.
O programa de residência faz parte da construção da enfermagem brasileira, em especial, da enfermagem obstétrica em Campo Grande e no Estado. A residente Rayanne conta que “Estamos gostando muito, e muito empolgados em somar, a área de obstetrícia precisa de um novo olhar, e Campo Grande precisa de enfermeiros obstetras que resgatem o acolhimento e a humanização no processo de cuidar na saúde da mulher e família” (Residente Rayanne Valentim Ribeiro)."
A Enfermagem Obstétrica contribui para o parto e nascimento humanizados e seguros, fortalecendo a autonomia feminina e compõem uma das estratégias da Rede Cegonha para qualificar o cuidado de mulheres, recém-nascido e família.
Os desafios para mudança no modelo de atenção à mulher e bebês são muitos mas, eis mais um importante avanço da Rede Cegonha em Mato Grosso do Sul e um passo a mais na desmedicalização do parto.
Sandra (coordenadora) e residentes, bem vindos a RHS!
um abraço, Catia
PS: Vale dar uma olhada nos links abaixo que demonstram a importância desses profissionais para o empoderamento da mulher no parto e no respeito a sua fisiologia.
Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica:
https://www.abenfo.redesindical.com.br/
A humanização e a assistência de enfermagem ao parto normal
https://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672007000400018
Especialização em enfermagem obstétrica: percepções de egressas quanto ao exercício profissional e satisfação na especialidade
https://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072008000300009
Estratégias de luta das enfermeiras da Maternidade Leila Diniz para implantação de um modelo humanizado de assistência ao parto
https://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072009000400015
O PODER NO CUIDADO DA ENFERMEIRA OBSTÉTRICA: EMPODERAMENTO OU SUBMISSÃO DAS MULHERES USUÁRIAS?
Por Emilia Alves de Sousa
Muito bem vinda essa vitória compartilhada aqui na RHS.
O empoderamento da mulher no parto, reconhecer os seus direitos e valorizar o seu protagonismo é uma grande conquista na humanização da saúde.
E a formação dos profissionais para que assumam esse novo modo de cuidar, construindo novas realidades de saúde numa dimensão técnica e política é fundamental na academia, e deve ser valorizada e estimulada.
Estão de parabéns todos os alunos e professores da Residência em Enfermagem aí em MS!
Um abraço!
Emília