Bom dia a todos!!!
Segue em anexo a Cartografia.
Aguardo críticas e sugestões para que eu possa melhorá-la nos próximos movimentos.
Para facilitar o acesso as informações anexo junto o Plano de Atividades do Bimestre Maio e Junho.
Att
Tálitha
4 Comentários
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Por Talitha Tozzi
Bom dia Américo!!!
Muito obrigada pela análise detalhada da cartografia e as sugestões e questões abordadas, será de muita valia para a evolução do nosso projeto no DSEI-Tocantins.
Bom, em primeiro lugar fico muito feliz em saber que estamos no caminho certo no papel do Apoiador no Estado. Confesso que nesses primeiros meses elaborei a agenda priorizando reuniões, oficinas e arranjos “que achei” serem prioritárias, mas com certa insegurança, pois nosso papel ainda se encontrava um pouco indefinido e sabemos que estará sempre em construção.
Voltei dessa segunda oficina com algumas questões mais claras, mas foi ontem, lendo sua análise que animei e percebi que estamos no caminho certo.
Em primeiro lugar, como falei na oficina, nosso Estado inicia esse mês os movimentos para assinatura do COAP e penso que nosso papel de Apoiador é muito importante nesse processo. No entanto preciso junto à SESAI definirmos como será nosso papel, como deveremos atuar nessas discussões. Por isso acredito ser importante a finalização daquele documento que informaram estar em processo de validação pelo Secretário.
Em relação às perguntas levantadas vou responder uma a uma para não perdermos a linha de raciocínio.
Você está inserida na discussão da Rede Cegonha e COAP, que se processa entre o apoio integrado e na CIR? Qual a intervenção ou contribuição de vocês para estes espaços da Rede Cegonha e CIR?
Estou inserida nas discussões da Rede Cegonha, mas peguei o processo em andamento, pois no Estado as discussões começaram há mais de um ano, mas a RT da saúde da mulher e da criança do DSEI vinha participando das oficinas. No entanto no Plano de Ação Regional das regiões já finalizadas (Palmas, Araguaína e Augustinópolis) as necessidades da saúde indígena não ficaram contempladas adequadamente. Mesmo as questões de distribuição de alguns equipamentos como sonar, por exemplo, as unidades da saúde indígena não foram contempladas, pois as unidades não são cadastradas no CNES.
Percebi Américo, que as oficinas que estão ocorrendo mensalmente na capital estão voltadas para uma realidade MACRO e para obtermos um avanço significativo nas discussões penso que precisaríamos voltar nossa atenção para os municípios e para os grupos condutores regionais da rede cegonha e que no futuro o Estado está pensando em transformar em grupo condutor regional de redes, pois vai discutir todas as redes temáticas. Nesta reunião da Rede Cegonha que participei nos dias 27 e 28 de maio as questões como Pré-Natal, vinculação das gestantes as maternidades, comitê de investigação de óbitos da região, ambiência destas unidades, acolhimento com classificação de risco irão ser discutidas neste espaço mais detalhadamente. Além disto, a rede cegonha para estas regiões prioritárias estão em processo de monitoramento e avaliação das metas pactuadas em todos os seus componentes e principalmente no componente pré-natal poderíamos pensar em inserir nossa realidade juntamente com os municípios de referência para a saúde indígena.
O COAP, consegui minha inserção e como o processo está no início, (com interesse de assinatura até o final do ano) acredito ser mais fácil avançar. Está sendo um processo de negociação intenso em razão do prazo (intenção da Secretária de Estado e do Secretário de Gestão Estratégica e Participativa do MS de assinar até o final do ano). Inclusive, no Plano de Atividades coloquei as reuniões da CIR de junho, elas foram substituídas por uma reunião única com todos os municípios no dia 3 e 4 de junho (irei participar) exatamente para aproximar os municípios do assunto (COAP). Esta reunião terá um momento único com todos os municípios e depois todos serão divididos em 8 grupos com os municípios que compõe cada CIR. Portanto, precisamos nos organizar como Saúde Indígena para podermos participar de pelo menos 6 regiões onde existe população indígena. Vejo uma dificuldade para este momento para definir pessoas que representarão o DSEI em cada grupo deste.
Em razão desse momento no Estado, conversei com a Apoiadora do DAI/SGEP a possibilidade de realizarmos uma Oficina (1 dia pelo menos) no DSEI para falar do COAP e do DECRETO com a equipe para uma aproximação do assunto. Pensei para este momento convidar um representante de cada Polo, pois a discussão do COAP, após este momento inicial as reuniões da CIR ocorrerão nas regiões e as equipes dos Polos terão papel importante neste processo. Precisamos apenas definir a data com a Coordenadora do DSEI, pois junho está complicado em razão das Conferências Locais, porém, esta oficina terá que ser logo para que não percamos o tempo político das discussões do COAP.
Como está sendo o diálogo da inserção dessas pautas junto ao Coordenador do DSEI?
O diálogo com a Coordenadora do DSEI é excelente, inclusive com grande interesse de conhecer melhor os processos, acessível a novas ideias, aceita sugestões e nos dá um espaço muito importante para trabalharmos e desenvolvermos ações.
No entanto temos a dificuldades de conciliar agendas em razão de seus vários compromissos, viagens, o que acaba por tornar o processo mais lento.
Mas também estamos construindo uma rotina de trabalho, me sinto o tempo todo em transformação para melhorar a sistemática, corrigir erros e aprimorar os acertos.
Ainda não consegui conversar com a Coordenadora após meu retorno da segunda oficina (ela está em São Luis), mas acredito que agora nosso papel ficará mais claro e objetivo e assim que conversarmos promoveremos novos avanços.
No seu plano de trabalho e cartografia apontou que estaria participando desses espaços para incluir as metas da SESAI, que metas se refere?
– a própria inclusão da especificidade da saúde indígena como você mesmo já citou;
– a redução da mortalidade materno-infantil da saúde indígena (a redução da mortalidade infantil é uma prioridade nacional, inclusive o Estado conta com uma Apoiadora da Saúde da Mulher e da Criança do Ministério da Saúde e para um avanço nacional é necessário olharmos para a saúde indígena, o nosso avanço é o avanço deles);
– a inserção da saúde indígena nas discussões das políticas e programas de saúde com Estado e Municípios;
– a garantia do acesso da população indígena nas ações de média e alta complexidade e inclusive atenção básica;
* Porém para inserção de metas nos COAPS era necessário uma posição da SESAI para definição das diretrizes estruturantes macro, para que este momento seja marcada a posição institucional e não a posição pessoal dos técnicos. Porém, acho que as especificidades locais, estas devam ser discutidas localmente.
CIRs e DSEI
Em relação as CIRs, na Cartografia me resumi a colocar a realidade do Estado, expondo as características das regiões de saúde que possuem população indígena.
Acredito ser importante a nossa participação em todas, mas sei que seria inviável até mesmo porque na maioria das vezes as reuniões são agendadas para os mesmos períodos e ocorrem em municípios diferentes.
Pensei (e quero sua opinião) em envolvermos um RT do DSEI no processo de forma ativa, pois a própria Coordenadora do DSEI possui outras demandas que talvez não a possibilite estar em todas as agendas comigo, além dos representantes dos pólos como já falado anteriormente.
Outra questão é priorizarmos regiões para olharmos para elas com mais cuidado e atenção (levaríamos em conta para escolha as regiões com maior índice de mortalidade infantil, maior população, regiões com serviços de média e alta complexidade que são referências para a população indígena, etc)
Ainda não analisei a nova Programação Pactuada e Integrada do Estado, para avaliar se nos fluxos estabelecidos pelos municípios existe alguma referência para a saúde indígena fora destas 6 regiões que mencionei na cartografia. A princípio, sem esta análise, acredito que somente nestas 6 regiões é que deveremos ter o foco da discussão da saúde indígena.
Porém, acho de fundamental importância que esta inserção da saúde indígena nas discussões de CIR sejam discutidas na Comissão Intergestores Tripartite, para que tenhamos maior legalidade para desenvolver nosso trabalho, pois senão sempre contaremos com a boa vontade das pessoas.
Com esses apontamentos acredito que avançamos mais e mais uma vez obrigada.
Abraços,
Tálitha
Por Americo Mori
Olá Tálitha,
A grosso modo, fica visível que a região esta em um momento propício para a inserção da pauta da saúde indígena. A questão é que a metodologia dessas pactuações geram uma agenda intensa de reuniões e como você mesma disse fica impossível estar presente em todos os espaços.
A estratégia de produzir um coletivo que possa participar desses espaços é excelente. A gente deseja mesmo que a DIASI ganhe capacidade e interaja mais com as outras instâncias do SUS. Só precisa ter cuidado de pactuar isso com a Coordenadora do DSEI e Chefe de DIASI, além é claro do próprio grupo. Vai precisar além de trabalhar o que são esses espaços, como eles funcionam, etc. Qual a pauta do coletivo da saúde indígena, era isso que estava te provocando a elaborar.
Essa pauta tem que fazer sentido e ser apropriada com objetividade pelo grupo, para que se sintam a vontade e consigam ter claro o seu papel.
A CIR são espaços de gestão, precisaria portanto da participação do Coordenador do DSEI enquanto representação. A participação de técnicos se restringe enquanto representação técnica, como consultiva. Esse é o cuidado que tem que ter, inclusive de pactuar com os atores dos espaços esse tipo de representação.
Aliais, deve tomar cuidado em como se coloca nesse lugar de articuladora entre os grupos. Lembre-se, você é apoiadora, DEVE FAZER COM E NÃO POR.
Conte também com outros atores para facilitar a introdução da pauta. Já esta em contato com outros apoiadores, inclusive da PNH, sensibilizá-los para serem parceiros é fundamental. Talvez eles não saibam falar sobre a especificidade da pauta da saúde indígena, mas aí entra os técnicos do coletivo do DSEI.
Como disse, a cartografia é fundamental nesse processo. Para identificar os atores/espaços privilegiados para discussão da pauta, para ter claro o diagnóstico dos fatores intervenientes da mortalidade e gargalos de acesso da rede. Lembre-se a cartografia não é um diagnóstico ou mapeamento, gosto de pensar a cartografia como a leitura de um mapa (que contem informações e dados) que é feita por um coletivo. Construir cartografia também diz de construir um coletivo, pois se trata da leitura de uma realidade (território) feita de forma compartilhada por um grupo.
Parabéns pelo trabalho e estamos juntos…
Abraços e adiante!
Américo
Por Talitha Tozzi
Bom dia Américo.
Realmente percebo que o Estado está em um momento muito importante para inserção e conscientização do papel da saúde indígena nesse processo.
Há uma dificuldade natural do DSEI mas ao mesmo tempo interesse em entender melhor o processo para uma participação concreta. Acredito ser necessário um trabalho com a equipe para que as atuações nos espaços gerem resultados. Para isso preciso muito do apoio da SESAI, nos orientando nesse processo para que as pactuações com os atores envolvidos seja de forma institucional.
O meu desejo é exatamente envolver a Coordenadora do DSEI, a chefe do DIASI e os técnicos no processo.
Obrigada e vamos nos falando.
Tálitha
Por Americo Mori
Olá Tálitha,
Gostaria de dialogar com seu plano de trabalho e ações de apoio, uma vez que percebi pela sua fala durante a oficina e também pelos seus produtos postados na comunidade que na sua região o trabalho encontra-se em um nível de articulação mais avançado. Pensar a partir dos movimentos vivos que vocês estão disparando no território ajuda-nos a construir uma visão de futuro de como as ações que estamos disparando podem render bons resultados.
Lucivan, pela correria das agendas não tivemos tempo de discutir este acompanhamento juntos, em seu retorno à gente faz isso. Por ora peço licença para fazermos isso em processo, aquilo que vocês dois já dialogaram e avançaram me perdoem estar retomando, achei o plano de maio e junho da Tálitha interessante e necessário um retorno a partir do acumulo que tivemos com a oficina, ok?
Bom, um primeiro ponto é que pela conversa que tive com Lucivan sobre o primeiro movimento, dos arranjos, as coisas estão caminhando bem. Inclusive chama a atenção a boa inserção que Tálitha conseguiu com o Apoio Integrado do MS e inserção nas pautas da Rede Cegonha e CIR-COAP. Isso me parece representar um nível mais avançado da inserção do Apoio da SESAI, obviamente os movimentos serão singulares, de acordo com cada território, mas me parece que (você Tálitha) já esta onde pretendemos chegar com o Apoio da SESAI.
A minha questão é com que pauta você esta se inserindo nestes espaços/arranjos. Para entender melhor isso farei algumas perguntas, ok? E como disse, a sua experiência somada a dos outros apoiadores, ajuda-nos a definir melhor no processo nosso objeto de intervenção junto aos atores.
Você esta inserida na discussão da Rede Cegonha e COAP que se processa entre o apoio integrado e na CIR, certo?
Como esta sendo o diálogo da inserção dessas pautas junto ao Coordenador do DSEI? Qual o intervenção ou contribuição de vocês para estes espaços da Rede Cegonha e CIR? No seu plano de trabalho e cartografia apontou que estaria participando desses espaços para incluir as metas da SESAI (que metas se refere?) e inclusão da especificidades da saúde indígena, certo? Como pretende fazer isso?
Bom, esses questionamentos não é simplesmente para questionar ou te travar. Pelo contrário, é pensar junto para poder te apoiar na ação. Sendo assim, arrisco alguns apontamentos.
Sua cartografia esta bastante rica, acho que pode utilizar e aprofundar alguns elementos para estar mais apropriada e na relação de apoio fortalecer a atuação do Coordenador do DSEI na CIR.
A primeira é olhar para essas CIR de forma estratégica. Das 8 regiões de saúde vocês elencaram 6 para participação. Fora o critério de possuir municípios com população indígena, o que mais encorpa essa escolha? Para pensar com vocês (Tálitha e Lucivan), juntei os dados da cartografia.
Das 8 regiões de saúde 6 CIR foram elencadas para atuação do DSEI:
• Região de Saúde de Augustinópolis: município com população indígena Maurilândia do Tocantins (pop. 189) e Tocantinópolis (1.996);
• Região de Saúde de Araguaína: Araguaína(pop. 17 e CASAI), Goiatins (pop. Indígena 1780) e Santa Fé do Araguaia (pop. Indígena 350);
• Região de Saúde de Guaraí: Itacajá(pop. Indígena 912);
• Região de Saúde Paraíso: Lagoa da Confusão(pop. Indígena 497);
• Região de Saúde de Palmas: Palmas (DSEI) e Tocantínia (pop. Indígena 3266);
• Região de Saúde de Gurupi:Formoso do Araguaia (pop. Indígena 950), Gurupi(pop. 258 e CASAI) e Sandolândia (pop. Indígena 190),
Mas esse mapa precisa ser preenchido com outras informações, uma delas é justamente o Itinerário. Pois nem sempre o município de residência é o mesmo onde estão as referências (pactuadas pelo fluxo da Rede e utilizadas pelo itinerário do usuário) da média e alta complexidade. Lucivan, sei que tem domínio sobre esse assunto e pode ajudar na compreensão de que estes dois mapas precisam ser sobrepostos, para identificar se o fluxo da rede pactuada é o mesmo que o usuário percorre.
Aprofundando nestas questões. Foi levantada na cartografia a Diarréia, pneumonia e IRA como causa de óbito, no caso pós-neonatal (28 dias a 1 ano). Daí também foi trazida informações sobre as condições de saneamento e água tratada dos municípios. Considero que cruzar esses dados com os casos de óbito seria interessante para identificar algumas prioridades e ajuda a traçarem um diagnóstico consistente para levar para o espaço da CIR.
Identificar os hospitais/maternidades que atendem índio e onde possui maior taxa de mortalidade também é fundamental nesse diagnóstico.
Se concordarmos em algumas coisas até aqui, indico que a revisão da sua cartografia contemple esses elementos. Pode pedir ajuda inclusive do Carlão da PNH e Maria Lia da Avaliação e Monitoramento, além de articular com o apoiadro de território da PNH, que estão na comunidade para produzir esses cruzamentos. Mas mais importante é trabalhar com a equipe do DIASI/RT e Coordenador do DSEI, isso enquanto oferta do seu apoio.
Sei que o texto tá longo, mas acho que tem um bom cenário de trabalho nesses 2 meses. Por isso fiz questão de dar um retorno sobre seu trabalho e plano e ao mesmo tempo incluir Lucivan no processo de supervisão, o qual também estamos aprendendo juntos.
A sua agenda precisa contemplar os movimentos (importantíssimos) que esta disparando e a preparação da sua pauta/oferta para esses espaços/atores. E a indicação de aprofundar em sua cartografia a Rede e itinerário, com mobilização dos atores, acho que pode ajudar na tarefa.
Vamos nos falando!!!
Abraços
Américo