Resolvi escrever para compartilhar um movimento interessante que tem acontecido aqui entre nós da equipe de apoio à coordenação nacional da PNH.
Diariamente recebemos muitas ligações telefônicas.
São consultores do ministério, profissionais de saúde de municípios e técnicos dos estados querendo saber um pouco mais sobre como é o trabalho da PNH. É interessante a pergunta: “mas me fala uma coisa, como é o trabalho da Humanização?”. Isso rende alguns minutos de conversa no telefone.
E digo que presenciar uma ligação dessas na minha primeira semana de trabalho por aqui me chamou bastante a atenção.
Bom, a nossa equipe de apoio à Coordenação Nacional da PNH procura atender estas questões de forma a fazer uma conversa clara, apresentando um pouco de nossa estrutura, pessoas e contatos, e colocando a RHS como canal de comunicação.
Procuramos, na medida do possível, e do necessário, fazer as “pontes” por email com os coletivos espalhados no país.
É desse movimento que eu quero escrever um pouco.
Há umas 3 semanas atrás recebi uma ligação de um profissional de saúde de um hospital do município de Xinguara/PA.
Conversamos bastante, e o profissional trouxe na conversa as dificuldades que ele encontra para construir um outro processo de trabalho na instituição, como foram construindo parceiros e tendo apoio da gestão, e como desejava ter a PNH próxima dessa construção para sustentar as mudanças de práticas.
Conversamos sobre a possibilidade de articular com a consultora local da PNH no estado, e agregar o coletivo de referência para construir uma conversa, seja por telefone, email, ou mesmo presencial para começar uma aproximação.
Aqui de Brasília, organizamos 3 kits da PNH e enviamos pelo correio.
Elaborei um email e coloquei ele em contato com nossas apoiadoras do território.
E desse contato, fiquei com a última frase que ele me disse na cabeça
“Olha, toda ajuda é muito importante. Aqui não chega nada, temos muita dificuldade… pode acreditar que se você me ajudar, você pode colocar a cabeça tranquila no travesseiro por que você ajudou muita gente!”.
Fiquei matutando nisso.
Hoje pela manhã, primeiro telefonema
“Oi Jimeny, bom dia! Lembra de mim? Então, recebemos os kits, muito obrigado! E estou ligando pra saber a possibilidade de enviar 50 camisetas para nosso encontro de Humanização. Conseguimos organizar um encontro em junho com representantes de 15 municípios e vamos montar um colegiado regional pra debater a humanização!”.
A Renata separou novamente um novo kit: 50 camisetas da PNH. Estamos enviando.
Realmente, a sensação de tranquilidade de “ter feito a minha parte” é muito boa.
Bom trabalho e muito boa sorte pra vcs!
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Jimeny,
Muito bacana saber dessas redes tecidas entre vocês e os trabalhadores nos bastidores da PNH. Potentes redes de apoio aos grupos, pessoas que estão distantes mais conectadas com a Política de Humanização. E a sensação de colaborar para a melhoria da qualidade de vida de um povo é muito prazerosa. Nós do coletivo de editores da RHS vivenciamos essa realidade cotidianamente. Pessoas dos mais longínquos cantos do pais (trabalhadores, gestores, usuários), nos enviam email com demandas que vão desde à pedido de apoio para o acesso às ações e políticas do SUS; apoio para o implemento das diretrizes/dispositivos da PNH nas suas unidades de saúde, até às reclamações e denúncias de mau atendimento no SUS. É uma experiência muito gratificante!
Parabéns pelo trabalho e forma acolhedora implicada!
Bjs!
Emília