Mortalidade infantil cai no Brasil

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Uma notícia extraída do blog da CEBES (Centro  Brasileiro de Estudos de Saúde), no dia 31.05.13, sobre a redução da mortalidade infantil no Brasil, que merece comemoração!

Segundo dados de pesquisa da UNICEF, o país melhorou quatro posições no ranking mundial entre 2010 e 2011. Vejam a matéria sobre o assunto.

BRASÍLIA. O Brasil conseguiu reduzir um pouco mais o registro de casos de mortalidade infantil, entre 2010 e 2011, e melhorou quatro posições no ranking do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo o relatório 2013 do organismo internacional, divulgado ontem no Vietnã e que traz dados de 2011, o Brasil diminuiu de 19 para 16 a taxa de mortes por mil crianças menores de 5 anos. Agora, o país ocupa o 107º lugar. Na edição de 2012, com dados de 2010, o Brasil era o 103º, num ranking onde a primeira posição é ocupada pela pior taxa de mortalidade, a de Serra Leoa.

No levantamento da Unicef aparecem 198 países. Em 1990, eram contabilizadas 58 mortes por mil crianças nascidas no Brasil. Na edição do relatório 2013 do Unicef, os cinco países com maior índice de mortalidade infantil são africanos: Serra Leoa, com 185 mortes por mil; Somália, com 180; Mali, 176; Chade, 169; e República Democrática do Congo, com 168. Dos cinco países com menor índice de mortalidade, o melhor colocado, San Marino, registrou duas mortes por mil crianças. Os demais aparecem no ranking do Unicef com três óbitos entre mil crianças em 2011. São eles: Suécia, Eslovênia, Cingapura e Portugal.

De acordo com o documento, em 1970, cerca de 16,9 milhões de crianças menores de 5 anos morriam a cada ano. Em 2011, foi estimado que 6,9 milhões de crianças morreram antes do seu quinto ano de vida. "O que coloca em evidência uma queda significativa, no longo prazo, no número global de mortes de menores de 5 anos", diz o relatório da Unicef.

A criança com deficiência é o tema principal do relatório da Unicef deste ano. No Brasil, segundo o IBGE, existem 24,6 milhões de pessoas com deficiência. Desse total, 1,9 milhão são crianças e adolescentes. O Unicef cita o Brasil como um país que tem adotado medidas de proteção social e cita como exemplo programas de transferência de renda para esse público. O organismo mundial lembra que o Benefício de Prestação Continuada (BPC), um programa do governo federal, assegura um salário mínimo para pessoas com deficiência de qualquer idade. Para ter direito a esse recurso, a renda familiar per capita tem que ser inferior a um quarto do salário mínimo, hoje em R$ 678.

O site do Unicef no Brasil cita também o BPC na Escola, que reúne os ministérios da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento Social e a Secretaria de Direitos Humanos, em parceria com municípios e estados.

Publicado em: 31/05/2013 no Blog do CEBES (Centro  Brasileiro de Estudos de Saúde)

Na realidade  a taxa de mortalidade infantil no Brasil vem declinando nos últimos anos:

– entre 1996 e 2000 a redução foi de 20,5%
– entre 2000 e 2004 a redução foi de 15,9%
E segundo estudo produzido pelo Ministério da Saúde e publicado em 2006 (Macinko et al) mostrou que o Programa de Saúde da Família teve impacto significativo na queda da mortalidade infantil no Brasil, no período de 1991 a 2002. Para cada aumento de 10% da cobertura do PSF a mortalidade infantil caiu 4,5%.

A cobertura média do PSF, nos municípios, em 2004, foi de 62,3%, em 2002 foi de 54,8%. Aumentou 8% em dois anos, concentrando-se nos municípios com menor renda, onde a mortalidade infantil apresenta índices mais elevados.

Apesar da queda, a mortalidade infantil no país ainda é alta se comparada a outros países. Precisamos avançar mais.

Referência: Portal da Saúde