Gostaria de saber até que ponto o Plano de Parto Humanizado oferecido pelo SUS é humanizado mesmo. Posso fazer meu plano de parto e solicitar que ele seja cumprido, no quesito intervenções e medicações? Meu plano de parto está pronto. Eu não quero ocitocina, episiotomia, enema, que não coloquem o bebe no meu colo e que cortem o cordão antes de parar de pulsar. Entre outros procedimentos que também não quero, é o rompimento artificial da bolsa amniótica, manobras e tração para saída da placenta, fora outras inúmeras restrições a procedimentos que não são necessários. Consigo fazer meu parto desta forma, no hospital onde meu parto está programado que faz parte do programa PARTO SEGURO, ou preciso procurar um lugar específico que atenda às minhas reivindicações?
7 Comentários
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Por mdiasbarros
Oi Claudia. Obrigada pela recepção. Não é meu primeiro filho. Tive um parto prematuro num hospital “humanizado” e sofri violência obstétrica, porisso minha dúvida. Estou de 34 semanas e quanto mais se aproxima o termo, mais fico insegura.
Por Cláudia Matthes
pari 4 crias de parto normal, sei bem da angústia, das ansiedades, e, de todos os medos (meus) porque pari em lugares diferentes, com profissionais diferentes.
Acho que o contrato de trabalho deve ser sim respeitado e contratado.
O SUS muda sua face, com cada sotaque, nenhum espaço é igual, nesse Brasil tão grande. Mas, seu bebê já pertence a essa grande rede, faremos o que for de nosso alcance para possibilitar responder suas demandas.
Um forte abraço, com a certeza e a torcida que você encontre uma rede cegonha que possa SUStentar essa nova vida que chega.
Com afeto
Peju
Por mdiasbarros
Pois então. Espero sim ter algum esclarecimento aqui sobre como proceder pra que eu tenha algum sucesso. Se houverem dicas, informações que me ajudem em poder dialogar, serei muito grata!!
Obrigada pela acolhida 😉
Por Audir
Um homem se meter neste assunto tao feminino.
Estive na quarta-feira desta semana no "Hospital Maternidade Sofia Feldeman", em "BH-MG"; acredito que seu questinamento é muito importante no que discutimos em nosso "Curso de Ambiência na Saúde", no relativo ao "Acolhimento".
VC, colega a meu ver é quem dita o protocolo de postura da equipe, evidentemete deverá atender a VC e seu Bebê, com toda a segura necessaria.
Toda unidade de maternidade, deverá a meu ver, respeitar primeiramente a parturiente, nao agredindo, lhe acolhendo pois só assim o SUS será Humanizado.
Parabéns a VC e muita felicidades a ambos!!!
abçs
audir a cominetti
eng. gvs piracicaba – sp
Por Luciane Régio
Também vim pra te dar as boas-vindas, e acompanhar o que virá nessas conversas, já que o tema me interessa… Não pari ainda, mas ainda tenho algum tempo. Afinal, depois dos 40, o tempo ruge. Fico encantada com essas conversas de parto e quero muito a humanização dos processos de trabalho! Acompanhante é lei 🙂 https://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=35499 e negociar esses outros arranjos é importante pois falamos da política pública SUS, que tem princípios e diretrizes! Eu tenho convicções de ser mãe ainda nesta vida, e participar da luta pelo direito ao parto humanizado me anima. Viu o link que a Peju compartilhou? Quantas páginas da RHS sobre este assunto?! Se fosse eu, imprimiria tudo, faria cartilha, juntando com este seu argumento-foto, a lei do acompanhante, e iria marcar hora com o diretor do hospital. Perguntar a ele, como é ali? E me movimentar com a equipe, fazer vínculo, enfim… até que eles saibam meu nome, qual é o "plano de parto". Vamos fazer assim, pacto de parir junto contigo… Acompanhando esse seu movimento, pela RHS. Que a hora seja boa, seja como sonhada!
Bjs,
Luciane
Por Halana
Marília, você tem todo o direito de escrever um Plano de Parto. Infelizmente, sabemos que a maioria das maternidades continuam realizando procedimentos rotineiramente (como os que você cita…) que a OMS condena há mais de 20 anos. Citar isso ao fim do documento pode ajudá-los a refletir e quem sabe buscar informações.
Imagino que tenhas medo de sofrer algum tipo de represália por expressar tuas necessidades…mas esse é um embate necessário nesse momento de mudança de modelo assistencial no país. Os profissionais precisam perceber que é uma demanda das mulheres serem atendidas de forma respeitosa e sem intervenções desnecessárias.
Sugiro que você se dirija a(o) Diretor(a) da maternidade e à equipe que vai atendê-la. Escreva uma carta, mais que um documento, expressando como esse momento é importante para você e sua família e como gostaria de ser ouvida. As equipes estão tão sobrecarregadas imersas num "fazer" repetido que não se dão conta do momento especial que é o nascimento. Lembre-os disso, com tranquilidade.
Sugiro ainda que você procure um Grupo de Apoio como os sugeridos pela Parto do Princípio https://www.partodoprincipio.com.br/, esse pode ser um espaço interessante onde se compartilham estratégias de enfrentamento para uma assistência ao parto segura e também um espaço para organização de mulheres que querem ajudar a mudar o sistema. A mudança de modelo com a implantação de Centros de Parto Normal está aí e precisamos nos organizar, participar, cobrar.
Grande abraço e bom parto!
Halana
Por Cláudia Matthes
enquanto a resposta que buscas não vem, que tal dar uma visitada em outros posts da rede que falam sobre a humanização do parto?
Visite o endereço abaixo:
https://redehumanizasus.net/taxonomy/term/17039
Fiquei me perguntando se esse é seu primeiro filho? De qualquer forma parabéns desejo que você tenha uma boa hora como diziam as pessoas mais antigas no sul do Brasil.
Grande e afetuoso abraço
Cláudia Peju
Coletivo de Editores da RHS