SÍNDROME CLIMATÉRICA: conhecimento de mulheres de meia idade.
De acordo com descritos da literatura, o climatério é a fase de transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo na vida das mulheres, sendo, então, necessário a todos nós possuirmos conhecimento sobre esse processo pelo qual passa o organismo feminino e que ocorre de formas diferentes. Desde o seu início, é possível percebemos inúmeras variações que desencadeiam em uma série de sintomas indesejados, exigindo que as mulheres estejam preparadas para enfrentar tais ocorrências, a fim de que não permitam que possíveis seqüelas do climatério e da menopausa impeçam-nas de viverem a plenitude de sua maturidade. Considerando a relevância desse tema, optamos por um estudo descritivo do tipo qualitativo, de caráter exploratório, que teve como objetivo conhecer através de discursos de mulheres qual o nível de conhecimento que elas tinham acerca desse fenômeno. Os sujeitos participantes foram mulheres que se encontravam na faixa etária de 40 a 59 anos, da localidade de Murici, povoado do município de Sapeaçu/BA, e que aceitaram participar do estudo, no período de abril de 2008. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas estruturadas gravadas e, posteriormente, transcritas na íntegra, obedecendo às normas éticas em pesquisa, conforme o parecer da Resolução 196/96. Os resultados foram obtidos por meio da análise de conteúdo de Bardin (1977). Para realização da análise e discussão dos dados consideramos pertinente dividi-los em 02 categorias com 04 subcategorias. Na verificação desses, percebemos que as mulheres que se encontravam no climatério e que possuíam baixa escolaridade, tinham pouco conhecimento sobre o assunto, ao contrário das poucas outras que possuíam o ensino médio completo ou em andamento. Logo, as mulheres com baixa escolaridade experimentavam maior sintomatologia climatérica, por desconhecerem a fase pela qual estavam vivendo e, consequentemente, não saberem as formas de aliviar os sintomas, como: a prática de atividade física e a instituição precoce de alimentos saudáveis e ricos em cálcio, o que representa um fator promotor de saúde e preventivos quanto aos agravos crônicos. Foi constatado que a deficiência de conhecimento sobre o climatério é muito grande, ficando perceptível à importância que a educação ocupa nos assuntos relacionados à saúde climatérica. Diante de tais resultados, acreditamos e defendemos que ações educativas, envolvendo aspectos sociais, econômicos, culturais e ambientais, devem ser implementadas, para que sejam eliminadas dificuldades e supridas as necessidades das mulheres, não só da comunidade em estudo, mas todas as outras, quando chegarem a essa fase da vida. Responsabilidade que deve ser dividida também com profissional enfermeiro consciente de que, no seu papel de agente transformador, pode constituir-se um como um elemento de grande valia no momento em que propor construir junto às mulheres climatéricas, um horizonte mais promissor.
Por Emilia Alves de Sousa
Uma importante fase da vida da mulher, e quanto mais bem informada, maior a possibilidade de um climatério saudável.
Parabéns pela bela iniciativa, e aguardamos o seu retorno com o compartilhamento de novas ideias.
Um abraço!
Emília