ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO HOSPITALAR NO PIAUÍ: PASSOS EM DIREÇÃO À QUALIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS DE ATENÇÃO E GESTÃO
O Estado do PI vem priorizando a diretriz Acolhimento e o dispositivo Classificação de Risco da Politica Nacional de Humanização em suas práticas de saúde. Transversalizando com diversas políticas e projetos do MS, a área de gestão hospitalar da SESAPI juntamente com o Comitê Estadual de Humanização e o apoio da Consultora da PNH/MS/PI, dão seguimento ao processo de implementação da PNH nos 11 Hospitais Regionais do Estado. A coordenadora do Projeto Leidimar Alencar considera esta ação fundamental para a melhoria da qualidade e humanização da assistência no estado, cujo esforço, potencializa a articulação dos hospitais nas redes de atenção à saúde em processo de construção no sistema local de saúde. O projeto segue ação sistemática, planejada e em etapas que envolvem: diagnóstico da PNH nos hospitais, oficinas sobre o SUS e PNH, criação de GTH visando a sustentabilidade do processo, implantação dos dispositivos e diretrizes da política, sobretudo acolhimento, classificação de risco e ambiência, acompanhamento e avaliação por equipe técnica da SES, com apoio da Consultora da PNH para o Estado do PI, Annatália Gomes.
No último dia 27 de junho de 2013, ocorreu uma das reuniões de avaliação, monitoramento e escuta da equipe do projeto ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO HOSPITALAR que relatou suas dificuldades, efeitos produzidos até o momento, em processo de análise do próprio trabalho e dos contextos institucionais. A ideia é desenvolver a equipe em uma perspectiva de monitoramento e avaliação que potencialize as mudanças nos hospitais que estão sendo acompanhados. Participaram nesta roda Annatália Gomes, Leidimar Alencar, Elenice Macedo, Joana Darc, Antonio, Elisabete e contou com uma convidada, Clara Noleto, apoiadora de maternidade da Rede Cegonha.
Os debates versaram sobre como estava o desenvolvimento dos GTH, que em alguns cenários de prática enfrentam desafios, como o pouco apoio da gestão e a necessidade de qualificação dos atores envolvidos no processo. O grupo refletiu sobre a importância de perceber a singularidade de cada contexto, necessitando desenvolver estratégias situadas e com os sujeitos.
Os relatos iniciaram sobre Grupo de Trabalho de Humanização do Município de Campo Maior, onde foram repassadas as temáticas e ações trabalhadas, como também, o calendário mensal até o final do ano. Nas cidades de Floriano e Oeiras as ações estão em andamento e já ocorreu a formação do GTH, onde os gestores mostraram-se abertos, dispostos e presentes na roda de conversa que foi bastante positiva e tendo como relevante o entrosamento das pessoas. As visitas realizada nos Municípios de Bom Jesus e Uruçuí com relatos positivos sobre a cidade de Bom Jesus, onde já foi implantado o ACCR e as rodas de conversa que estão acontecendo regularmente. Quanto ao Município de Uruçuí, não foi possível executar a roda de conversa, tendo em vista, questões administrativas e políticas, como a saída da Diretora que apoiava e a saída de dois enfermeiros que participaram da etapas do projeto; estes não fazem parte mais do quadro do Hospital, bem como a reforma na estrutura física do referido Hospital são situações que têm mantido o grupo sem nenhuma iniciativa, porém mostram-se dispostos e interessados em implementar a Política Nacional de Humanização no Citado Hospital.
O grupo planeja Seminário Estadual para outubro onde estarão sendo apresentados os primeiros efeitos/resultados deste processo e ao mesmo tempo serão qualificados em mais um encontro, os membros dos GTH dos hospitais.
Elenice Macedo
Psicóloga
Por Sabrina Ferigato
Fico muito feliz em ver o quanto o estado do Piauí mostra-se ativo na nossa rede, trazendo para nossa arena experiências que como moradora do interior de São Paulo, dificilmente eu entraria em contato.
O relato da Elenice é bem claro e os desafios e potencialidades encontradas no território, mas me parece que os GTH como instrumentos de gestão tem sido uma ferramenta potente para a ativação das redes. Parabéns!