PNH – Visita Três Territórios do Estado do Piauí

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P.N.H-Visita Vale do Sambito, Vale do Canindê e Vale dos Rios Piaui e Itaueiras

O estado do Piaui foi dividido em 11(onze) territórios, com objetivo de facilitar as ações de gestão do governo e o desenvolvimento dos próprios territórios.
03 (três) deles foram visitados do dia 26 a 30-05 de 2013. O primeiro foi o Vale do Sambito, quando foi constatado que uma das maiores riquezas do vale são os recursos hídricos e nesse sentido destacam-se os seguintes rios: Sambito, São Nicolau, Berlenga, São Vicente, Poti, Coroatá, Serra Negra e Corrente. Nesta região, fica localizada a cidade de Valença, sendo considerada uma das mais antigas do estado, com economia voltada para o comércio. A segunda visita foi ao Vale do Canindé, que segundo o IBGE ocupa uma área de 11.350km2, o correspondente a 4,56% do território do estado do Piaui, e onde residiam, em 2007, 102.810 habitantes. Os núcleos de maior importância, do ponto de vista demográfico, econômico e social, são Oeiras e Simplício Mendes. Trata-se de uma região com predominância de chapadas, cobertas por uma vegetação mista de serrado e caatinga. Nesse território temos Oeiras, cidade histórica e que inclusive foi a nossa primeira capital, no século XVIII. O terceiro Vale, dos rios Piauí e Itaueiras, possui uma das mais baixas densidades populacionais na bacia do rio Parnaíba, atingindo uma media de 5,3 habitante/km2. A base econômica tem se apoiado historicamente na produção agrícola de subsistência. Recentemente, a economia do território foi beneficia com uma matriz energética – uma unidade de beneficiamento da mamona para a produção do biodiesel e o incentivo para a produção em larga escala dessa oleogenosa. A iniciativa está permitindo a inclusão social de um conjunto de trabalhadores rurais, a partir do crédito e da organização nos núcleos de produção. Desse cenário faz parte a cidade de Floriano, considerada a princesinha do sul por seu crescimento econômico voltado para o comércio e por abrigar varias instituições educacionais, em nível federal ,estadual e boas escolas particulares.

Nessas diferentes realidades, esteve presente a equipe do projeto Acolhimento na Atenção Hospitalar, cujo objetivo é materializar a politica Nacional de Humanização (P.N.H.). O foco principal foram as diretrizes de acolhimento e acolhimento com classificação de risco e ambiência. Aqui, vale destacar que o projeto foi idealizado a partir das observações do então Superintendente da SUPAS (Superintendência de Assistência a Saúde), Dr. Hernane de Paiva Maia, em suas viagens pelo interior do Estado, fazendo visitas aos hospitais.

A equipe do projeto foi composta por Antônio Alves de Araújo, técnico da SESAPI(Secretaria Estadual da Saúde do Piauí), nutricionista e Lourival Oliveira Filho, administrador técnico da SESAPI e apoiador institucional da Política Nacional de Humanização.

Os técnicos visitaram 03 (três) cidades para orientar aos G.T.H. de seus respectivos hospitais. Em Valença, o hospital regional Eustáquio Portela, Oeiras, hospital regional Deolindo Couto e em Floriano, hospital regional Tibério Nunes. Essa fase de supervisão faz parte da fase 3 do projeto, lembrando, que a primeira etapa foi a aplicação de pesquisa para conhecimento situacional dos estabelecimentos de saúde; a segunda foram as oficinas de sensibilização da PNH e as diretrizes a serem trabalhadas, bem como a formação dos G.T.H., além de uma oficina exclusiva para os atores que trabalham em urgência e emergência de acolhimento com classificação de risco. Vale ressaltar que o projeto está sendo trabalhado em 10 hospitais regionais do estado do Piauí e é composto por 03 equipes.

Destacamos que com relação ao G.T.H. do hospital regional Eustáquio Portela, em Valença, tivemos avanços significativos, a começar pela nova postura do grupo, que se encontra bastante envolvido com a politica. Essa postura resultou em pequenas transformações no hospital: refrigeração das enfermarias, os nomes dos pacientes escritos em placas afixadas nos leitos. Não existe mais identificação por números de pessoas e nem de enfermarias. A identificação das enfermarias são por elementos típicos da região e as enfermarias obstétricas estão decoradas de forma diferenciada e acolhedora, pintadas da cor rosa, com adorno de cegonha e flores. Para esses pequenos avanços contam de forma ideal com a participação do diretor geral da instituição, Dr. Jarbas Nogueira Matias, que na sua fala ressalta a importância da materialização da P.N.H. No hospital, verificamos ainda que foi amenizado o ambiente estressante em que costuma viver o trabalhador da saúde e que a nova forma de fazer implicará em grandes benefícios aos processos de rotina, tanto aos trabalhadores quanto aos usuários, o que valoriza a importância de um trabalho coletivo, participativo, resultando em qualidade para os serviços de saúde.

No hospital Deolindo Couto, em Oeiras, o G.T.H. se depara com muitos desafios, entre eles, a gestão centralizadora e um desconhecimento da P.N.H. Essa postura da gestão deixa o grupo com a sensação de impotência e a equipe sugeriu algumas alternativas, inclusive mediando uma reunião com a gestão e o grupo. Esperamos de forma otimista que na próxima visita poderemos encontrar outra realidade.
Já no hospital regional Tibério Nunes, na cidade de Floriano, a situação se difere um pouco em relação ao Deolindo Couto. No local, já existe uma Ouvidoria materializada, funcionando como um canal importante para manifestação de usuários e funcionários. Por outro lado, a gestão ainda não se apropriou dessa valiosa ferramenta, que pode influenciar na tomada de decisões capazes de transformar uma realidade, a partir da solução dos problemas apresentados. Por fim, é importante ressaltar o compromisso e a vontade de gerar mudanças em todos, no hospital, que estão envolvidos nesse processo de fomentação da P.N.H.

 

 Valença – PI
 

Valença -PI

Floriano-PI

 

Floriano-PI