Encontros do Grupo Acolhimento em Rede

No dia 26 de junho aconteceu o primeiro encontro do grupo operativo do acolhimento em rede, um grupo criado com o objetivo de pensar coletivamente as ações e estratégias para  implantar o acolhimento com classificação de risco nas unidades de urgência do estado do Piaui. O grupo é composto por trabalhadores de diversas unidades de saúde, e por profissionais de referência da humanização no âmbito estadual e municipal.

Estiveram presentes no encontro:  Maria Vieira de Moraes – PNH/FMS; Clara Francisca Leal – Teresina/HUT; Antonia Leal – Àgua Branca; Mariana Carvalho Oliveira – União; Arlene Fontenele – União; Heronilda de Araújo Silva – Teresina/HGV; Ayla Mircéia Silva Santos – Teresina/HPM; Emilia Alves de Souza – Teresina/HILP/Rede HumanizaSUS; Erika Martins – DUDOH/RUG/SESAPI; Sandra DUDOH/SESAPI; Iris Amaral – Teresina – RC/FHT; Annatália Gomes – PNH/MS.

Este encontro consistiu da primeira reunião do Grupo Acolhimento em Rede, criado  na Oficina de discussão sobre acolhimento e classificação de risco, uma articulação RUE, PNH e Grupo Condutor da RUE visando o alinhamento e qualificação da discussão desta temática. Pactuamos que o acompanhamento mais direto seria feito pela apoiadora da PNH no Estado do PI, com a participação das apoiadoras da RUE e área de redes, todas do MS.

O primeiro encontro dos que foram chamadas para iniciar a construção das discussões de como seria o processo de constituição do trabalho do grupo, foi planejado tendo em vista iniciar a formação do grupo e favorecer a grupalidade. Definimos então como pauta:
– Apresentação dos participantes
– Qual o objetivo da reunião e do grupo
– Composição do grupo e modo de funcionamento
– Definição de coordenação e secretaria
– Organização da sistemática de encontros – dia, local, horário
– Elaboração de plano de ação – ações, responsáveis, prazos e forma de acompanhamento.

Após a apresentação dos participantes que referiram o nome, a formação e o seu local de trabalho, foi lançada a questão disparadora: vocês sabem qual o objetivo deste encontro e o por que estão aqui? Compartilhadas as expectativas e o grau de informação sobre o grupo, esclarecemos como o grupo havia sido formado a partir da oficina sobre acolhimento e ACCR, os seus objetivos e partimos para a conversa sobre o desejo, disponibilidade, experiência com a temática e acordo político-institucional que respaldasse a participação no grupo. Alguns se colocaram como integrantes, atendendo a essas condições, outros que não poderiam permanecer e estariam disparando conversa com seus gestores para envio de novos membros. A maioria não possuía experiência com acolhimento e ACCR. O objetivo desta primeira conversa foi traçar o perfil do grupo, um certo mapeamento dos participantes e também perceber o interesse das pessoas e competência com a tarefa a ser realizada. Esse ultimo aspecto nos levou a pensar que não existem médicos do grupo e também que talvez necessitemos de algum tipo de apoio matricial para o trabalho, o que poderá ser possível acionando outros colegas da PNH e de outras frentes do MS.

Observamos que algumas questões provocadas pelo grupo se referiam a demandas de acompanhamento desta diretriz e deste dispositivo da PNH na unidade de saúde, o que remete a refletirmos sobre algum espaço a ser criado para que aqueles que estão em processo de implantação possam usufruir de algum tipo de apoio ao processo. Embora também este espaço grupal de construção dos protocolos também seja de formação e qualificação. Alguns temores sobre a disponibilidade de tempo foram expressos e esclarecemos que o tipo de trabalho a ser feito exigem leitura e presença ativa na realização de tarefas e participação. Muitos protocolos já foram elaborados, e temos a experiência anterior na construção do protocolo de acolhimento e ACCR no HUT em Teresina, mas precisam adaptações as prioridades da RUE definidas para o Estado no atual contexto. Ainda necessitará a discussão sobre a aplicação do  Manchester, já pactuado para ser introduzido no HUT. Será este o modelo a ser trabalhado para o Estado? Esta decisão  requer alinhamento por meio de oficina entre os membros do grupo do que significa este protocolo e sua forma de raciocínio. Além do mais, resgatar o que já existe e que interessa ao perfil das necessidades dos usuários do Estado do PI será também necessário assim como estabelecer os protocolos para os diferentes pontos de entrada e unidades.

Discutimos com o grupo a necessidade da escolha de uma pessoa para coordenar o grupo e outra para Secretariar os encontros, apoio a coordenação e mobilização do grupo. O nome da Enfermeira Clara foi unanimidade para a coordenação e o de Sandra, da DUDOH para a Secretaria. A apoiadora da PNH e Editora da RedeHumanizaSUS,  Emilia Alves,  se disponibiliza a dar visibilidade ao trabalho do grupo divulgando os passos que forem sendo dados na REdeHUmanizaSUS.
São propostas as datas de 12 de julho no HILP e 30 de julho pelas manhãs para os próximos encontros do grupo. No dia 12 a proposta de pauta é a apresentação das RC, RUE e RAPS para que o grupo se inteire do desenho destas redes e de informações importantes que poderão influenciar as tomadas de decisões.

Além disso, circulamos a lista com os nomes dos membros e seus contatos para que atualizassem e corrigissem algum erro. Sandra se responsabilizou por criar o e-mail virtual do grupo por onde as informações deverão circular. Annatália se prontificou em elaborar o relatório deste primeiro encontro. Emilia se referiu a algumas ferramentas digitais que podem auxiliar no trabalho do grupo e neste momento priorizou-se o uso do e-mail por ser mais comum e fácil a sua utilização, mas com a abertura para a experimentação de novas ofertas.

Propiciamos a  avaliação dos participantes em uma palavra sobre o encontro e estes se manifestaram a partir de: “desafio-colaboração”,” “gosto de desafio, não é um trabalho abstrato, é possível ver o resultado”, “motivação”, “um grande passo para o Estado”, “instigante a caminhar”, “produtivo”, “desafiador”.

No processo precisaremos também ir discutindo quais elementos são importantes para constar no protocolo. Quais informações consideramos importantes – definição de risco e do acolhimento, ambiência, atribuições das equipes por exemplo serão incluídas no protocolo ou pensaremos em um manual de informação, fluxos e redes? Após a elaboração dos protocolos, quais instâncias validarão? E o grupo? Participará no processo de divulgação e implantação? Como será este processo? Qual o prazo de realização para a finalização da tarefa? Estas são questões a serem discutidas e construídas nos próximos encontros. Um plano de ação precisa ser elaborado para facilitar o acompanhamento do trabalho.

Consideramos muito importante que seja definido um local onde o grupo possa fazer os encontros para evitar a intinerância e favoreça a organicidade, e que à medida em que o grupo se defina, seja estabelecido o cronograma para que as pessoas se planejem para estarem na reunião  e sigam nos prazos.

Pela memória,
Annatália Gomes
Consultora da PNH/MS/PI
[email protected]/ 8599273737