OBSERVAÇÕES EMPÍRICAS À RESPEITO DOS SERVIÇOS DE PONTA DO SUS

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         Venho mais uma vez através desta rede resaltar o fruto de minhas observações a cerca de atendimentos, acolhimentos e encaminhamentos do serviço de ponta prestados pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e UBS (Unidade Básica de Saúde). Tendo em vista o outro post já publicado anteriormente, destaco e continuo no mesmo raciocínio: as pessoas que compõem o serviço de ponta não estão capacitados para fazerem o serviço de forma prestativa, colaborativa, empática e integrativa.

         Não sabem ouvir o sujeito e sua queixa, agem de forma muitas vezes desumanas (digo, se "acham os tal, os importante" só porque tem um curso técnico ou de graduação) e, por fim esquecem que por trás de tudo isto, existe uma pessoa fragilizada que não está ali por acaso, porém tranzendo uma queixa/demanda. Muitas vezes um bom dia ou um sorriso podia mudar toda uma forma de atendimento, mas o que se vê são pessoas grossas que não medem palavras e que muitas vezes só querem se livrar do usuário do sistema SUS.

          Entendo também o outro lado da moeda, as pessoas responsáveis pelo funcionamento do serviço de ponta tem suas razões. Estão estressadas porque muitas vezes tem de trabalhar em dois lugares devido a remuneração do SUS ser baixa (isso na grande maioria das vezes), mas também tem aqueles que ficam de "birra" e não querem e não fazem nada, ou seja, durante um plantão atende meia dúzia de pessoas (mas o detalhe é, querem o salário do final do mês e estão sempre brigando por aumento salarial).

          O meu questionamento para o amigo leitor é: onde está o problema e, quem deve se mobilizar para que a Lei SUS saia do papel e funcione na prática? (Sei que é complexo, porém isso tudo me incomoda muito).