Poetizando o Pet Saúde

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Respeito que se indigne
Mas não aceito que não se mova
Descaso é só o que existe
Mas ações quem as aprova?
É a sua consciência, a sua frustração?
É desculpa de que ‘ah, hoje não vai dar não’!
Quanto podemos fazer para transformar a realidade?
É utopia?
Não! É vivacidade!
È coragem, é sensibilidade, é tentar enxergar além do que se vê!
Mas, pra quê?
Se o futebol ta batendo um bolão, se nos shows só tem azaração?
Mas, pra quê?
Se a copa ta chegando, o São Paulo ta ganhando?
Mas pra quê?
Se a novela eu não perco, se o big brother eu espero, se o fuxico é mais esperto!
Mas será que não há um mundo maior que o enquadrado pela tela da televisão?
Será que o mundo é eletrônico mesmo e matéria humana degradavelmente se desfaz?
Será que não existem pessoas que precisam ser ouvidas, crianças que precisam ser atendidas e doenças prevenidas?
Será que não existe um modo de fazer algo por alguém? Um alguém que muitas vezes não sabe que tem alguém que se importe com ele!
Com a doença dele, com a saúde dele, com a moradia dele, com a água dele, com o peso dele, com o buraco na rua, com o esgoto que fede…
Será que não há mesmo o que fazer?

 

Texto produzido em Setembro de 2012 advindo das provocações promovidas pelas minhas vivências no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (Pet Saúde) na área do Controle Social, na cidade de Teresina-PI.