Visita Aberta e Direito à Acompanhante

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HOSPITAL DOUTOR WALDOMIRO COLAUTTI

1) Título: Visita Aberta e Direito à Acompanhante
2) Autores: Direção e Grupo de Trabalho Humanizado HDWC
3) Contatos: Edilsa (gestora) e Silmeri coordenadora do GTH
4) Cidade: Ibirama_SC
5) Diretrizes e Dispositivos relacionados ao trabalho: Visita Aberta e Direito à Acompanhante
6) Contextualização da Experiência e Objetivos: Em 2012, a direção da unidade apresentou em uma reunião das chefias dos setores a proposta de implantação do dispositivo da PNH denominada de visita aberta e direito à acompanhante, a proposta foi avaliada e decidiu-se que o projeto seria colocado em prática.
A visita aberta é um dispositivo da PNH que amplia o acesso dos visitantes às unidades de internação para garantir o elo entre o paciente, sua família, amigos, enfim, sua rede social e os serviços da rede de saúde. O acompanhante representa a rede social da pessoa internada e está com ela durante toda sua permanência nos ambientes de assistência à saúde. Visitas e acompanhantes fazem bem à saúde! São representantes legítimos da pessoa internada e ajudam na sua reabilitação. A presença de um visitante no ambiente hospitalar possibilita que a equipe de saúde capte dados do contexto de vida da pessoa internada e do momento existencial por ela vivido, possibilitando um diagnóstico abrangente. Ela auxilia ainda na identificação das necessidades da pessoa internada e, através das informações fornecidas pela família e amigos, a equipe de saúde pode elaborar e acompanhar com mais eficácia seu projeto terapêutico singular. O acompanhante colabora na observação das alterações do quadro clínico e comunica-os a equipe. Além disso, esse dispositivo mantém a inserção social do doente durante sua internação, que pode perceber a participação dos familiares no tratamento, fortalecendo sua identidade e auto-estima. De acordo com a carta dos direitos dos usuários em saúde, as crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e idosos têm direito a acompanhamento durante todo o período de internação. A lei 11.108 de 07 de abril de 2005 dá à mulher o direito de ter, durante o trabalho de parto, parto e pós-parto, um acompanhante de sua escolha, e recomenda que toda maternidade adapte seu espaço físico para receber este acompanhante. Segundo a legislação, os demais usuários têm direito a visita diária de no mínimo duas horas durante as internações, com exceção para situações técnicas contra indicadas. A proposta da visita aberta é mais ousada e tem demonstrado ser possível. Como foi a implantação da visita aberta e direito ao acompanhante no HDWC: Diante da análise deste dispositivo da PNH a Direção da Unidade e o GTH iniciou algumas ações para implantação da Visita Aberta e Direito à Acompanhante: • Pesquisa de experiências de hospitais que já implantaram este dispositivo, e os dados referentes aos dias de internação, infecção hospitalar, satisfação dos usuários e trabalhadores; • Promoção de atividades de sensibilização com todos os setores do hospital; • Construção de forma coletiva os passos para a implantação, envolvendo o pessoal da portaria, administração, enfermarias, copa, laboratório, CCIH, etc; • Adequação dos espaços para a permanência de visitas/acompanhantes fora dos quartos, como por exemplo, áreas verdes que podem ser adaptadas, varandas; • Informação à comunidade e criação de espaço de discussão permanente sobre o dispositivo (rodas de conversa no GTH, confecção de banners, folders e material educativo); Metodologia: Anteriormente as visitas eram realizadas 30 minutos no período da manhã e duas horas no período da tarde, com a implantação da visita aberta, o hospital ampliou seus horários de visita para oito horas e meia por dia (10:00 as 18:30 horas) cada visitante pode permanecer na Unidade até 30 minutos, podendo entrar dois visitantes por vez, com a saída do acompanhante; e garantia do direito ao acompanhante conforme preconiza a legislação, sendo que outras situações são analisadas pela equipe técnica. Análise e Considerações: A equipe do HDWC constatou que este dispositivo de inclusão traz novos padrões de comportamento, aumentando a solidariedade e o compromisso de todos para com o cuidado. Dessa forma consideramos que esta ação é um exemplo do SUS que dá certo.