Teste da orelhinha, um direito do seu filho

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Talvez nem todos saibam, que o Teste da Orelhinha é um direito de todo recém-nascido, garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) há mais de 3 anos.

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Domingo, 10 de novembro, foi o Dia Nacional de Combate à Surdez. Segundo o IBGE, 9 milhões de brasileiros têm problemas auditivos. Olívia, hoje com sete anos, é uma dessas pessoas. Ela nasceu prematura e com algumas complicações que acabaram gerando uma deficiência auditiva. E, devido ao teste da orelhinha – obrigatório no Brasil – a família pode se adaptar a tempo e tratar seu problema da melhor maneira, evitando um atraso no aprendizado cognitivo de Olívia, especialmente da fala.

Olívia teve perda severa no ouvido direito e moderadamente severa no ouvido esquerdo. “Por saber o problema que ela tinha, eu estimulava muito ela. Coloquei-a para fazer fonoaudiologia durante quatro anos”, conta Carlote Krahl, mãe de Olívia e moradora da zona rural de Monte Negro (RS). Ela acredita que o teste facilitou a vida da filha, e sem ele a menina só aprenderia a falar muito tempo depois, pois só quando ela crescesse a família perceberia a deficiência.

“Quando ela tinha 10 meses nós colocamos o primeiro aparelhinho”, relata Carlote. “Ela tem uma pequena dificuldade, mas fala tudo perfeito. É muito esforçada e determinada. Hoje ela é muito tagarela, muito conversadeira. Quem não sabe nem diz que ela tem um problema” comemora a mãe.

Como os bebês não respondem aos testes convencionais de audição, por ainda não falarem, é indispensável fazer o teste ainda nos primeiros dias de vida. Quando se descobre precocemente o problema, é possível adaptar-se a realidade da criança e evitar dificuldades na fala e na socialização.
“A vantagem de fazer esse exame precocemente é que mais rápido você diagnostica e melhor vai ser o convívio social. O segredo é fazer a intervenção precoce”, explica o otorrino Iuberi Zwedsch, médico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

Segundo o médico, caso o teste acuse alguma alteração auditiva, não é preciso se preocupar. O líquido da placenta da mãe, ou a própria cera do ouvido podem prejudicar o exame. Por isso, é preciso fazer outro teste alguns dias depois. Se der alteração de novo, recomenda-se então fazer uma investigação mais profunda com exames e consultar um especialista para descobrir o diagnóstico.

Obrigatório há mais de três anos, o teste da orelhinha pode ser feito nos hospitais e maternidade do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país.

Ele não causa dor, dura alguns minutos e o resultado sai na hora. Porém o bebê precisa estar dormindo para fazer o teste.

Rede Cegonha – A Rede Cegonha assegura aos recém-nascidos a realização do teste do pezinho, orelhinha e olhinho. O bebê também terá a primeira consulta com o pediatra em um prazo máximo de sete dias após o nascimento, e acompanhamento de mês em mês.

Lucas Leon / Blog da Saúde