CONFERENCISTA FALA SOBRE LEGITIMIDADE DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS NA SAÚDE
O Laboratório de Pesquisas sobre Práticas de Integralidade em Saúde estará presente na comemoração dos 10 anos da rede HumanizaSUS. A líder do Grupo de Pesquisa do CNPQ Lappis, Roseni Pinheiro, participará do Seminário 10 anos da Política Nacional de Humanização/PNH.
O evento reunirá especialistas, gestores, trabalhadores e usuários para analisarem a trajetória e o papel das diretrizes do HumanizaSUS na melhoria da atenção e gestão do Sistema único de Saúde. A atividade acontecerá no dia 28 de novembro, na sede da Organização Panamericana da Saúde (OPAS), em Brasília/DF, e será transmitida online, na Sala de Eventos da Rede HumanizaSUS.
A abertura, prevista para às 9h, contará com a presença do Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda, e dos gestores da OPAS, do Programa Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, do Conselho Nacional de Saúde e do PNH. O atual gestor da PNH, Gustavo Nunes de Oliveira debaterá com os ex-coordenadores da Política Regina Benevides, Angela Pisteli, Adail Rollo e Dário Pasche durante a Ágora dos 10 anos: a gestão da PNH e seu projeto ético-estético-político na máquina de Estado.
O que gestores, trabalhadores e usuários mostram do SUS que dá certo será tema de outro momento do Seminário, quando apoiadores da PNH debaterão as diferentes realidades da humanização do SUS pelo Brasil, com base nas avaliações realizadas durante o Concurso Cultural Somos Parte do SUS que dá certo. Haverá a entrega de certificado aos 30 finalistas e divulgadas as 10 experiências de humanização do SUS que vão compor o novo vídeo institucional da PNH. Duas experiências de cada região brasileira foram selecionadas dentre as mais de 280 inscritas. Espera-se que elas possam fomentar novos modos de fazer saúde, com base nos princípios do SUS, considerando as especificidades locais e regionais.
Também estão previstos o lançamento de diferentes ferramentas para auxiliar a humanização do SUS, tais como o monitoramento online das ações, via Rede HumanizaSUS, e dois novos volumes do Cadernos HumanizaSUS, sobre Saúde Mental e Parto Humanizado. “É preciso dar visibilidade às boas práticas, discuti-las, e apresentar ao SUS novas ferramentas de trabalho que auxiliem na melhoria do acesso dos usuários ao SUS de qualidade”, afirmou o coordenador da PNH Gustavo Nunes de Oliveira.
Sobre a Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS):
A PNH foi lançada em 2003, para transformar a relação entre gestores, trabalhadores e usuários do SUS, de modo que cada um deles se reconheça como parte do SUS e contribuam para suas melhorias. Com um grupo de apoiadores atuando em todo o território nacional[1], o trabalho da PNH se baseia no apoio institucional às Secretarias Municipais de Saúde (SMS), Secretarias Estaduais de Saúde (SES), Hospitais e Coletivos de Humanização, além da formação de gestores, trabalhadores e usuários.
Acolhimento, gestão participativa e cogestão, clínica ampliada, valorização do trabalhador, defesa dos direitos dos usuários e ambiência são as diretrizes que embasam a PNH e se materializam nos serviços de saúde por meio de diferentes dispositivos para se melhorar a atenção e o trabalho em saúde: Acolhimento com classificação de risco (que inverte a lógica de atendimento por ordem de chegada, mas de acordo com a vulnerabilidade e o risco do usuário do SUS), colegiados gestores (que democratizam as decisões), garantia de visita aberta e direito ao acompanhante, projetos de ambiência que contam com a experiência cotidiana dos trabalhadores para as reformas da infraestrutura do serviço de saúde, entre outros.
Com Informações: Rede HumanizaSUS