VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – PAPEL DA INSTITUIÇÃO
Este poster compartilha dois momentos: o primeiro o Fórum no Hospital e Maternidade Marly Sarney/HMMS e o segundo a Caminhada Pela Não Violência da Mulher
1º Discutir o papel do hospital e maternidade como integrante da Rede Estadual de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher foi o principal objetivo de fórum realizado quinta (21) e sexta-feira (22) pela Maternidade Estadual Marly Sarney. O evento foi organizado pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) da unidade. Participaram do evento médicos, enfermeiros, assistentes sociais e outros profissionais de diversas áreas da saúde que integram o corpo de colaboradores da unidade, com vistas a melhorar o atendimento a pacientes mulheres, mães e adolescentes em situação de risco e violência no contexto doméstico ou fora deste.
Ruth Mary / Sec. Est. da Mulher
Dr. Flavio Barroso-Coord. Obstetricia/HMMS Dra. Selma Marques – Promotoria da Mulher
Enf. Cleidimar Cutrim – Ger. de Enfermagem/HMMS
Dra. Socorro Braide – Dir. Clinica / HMMS Coord. do Serviço Social / HMMS
Enf. Marinete Muniz/SIM-SINASC Camilia Maia – NEC/HMMS
De acordo com o diretor da unidade, Dr. Frederico Barroso, o evento foi pensado para integrar e apresentar a visão jurídica e da Delegacia Especial da Mulher/DEM, entre outros órgãos de defesa dos direitos da mulher – Secretaria de Estado da Mulher/SEMU para estreitar a relação interinstitucional na busca por um atendimento global à vítimas de violência.
A diretora clínica da maternidade, Dra. Socorro Braide, salienta ainda que esta conduta demonstra a preocupação de garantir um atendimento dentro dos padrões e do que preconiza o Ministério da Saúde para estes casos, por meio de regulamentação em portaria – “prestamos este tipo de assistência desde 2000, de forma humanizada, e a paciente que nos procura passa por um atendimento multiprofissional, para que seja feito acolhimento seguido de atendimento clínico com anamnese”. A mulher recebe tratamento profilático, medicamentos e aconselhamento feito por profissionais da área médica e assistência social.
O Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas (Cemicamp), integrado a UNICAMP foi convidado e, que junto ao Ministério da Saúde desenvolve o projeto "Superando Barreiras", que capacita profissionais ginecologistas de todo país em treinamento avançado, discussões e condutas sobre a violência contra a mulher e aborto previsto em lei mediante casos de violência sexual.
O professor e médico ginecologista Aloísio Bedone no decorrer da sua explanação apresentou o trabalho da entidade e os conceitos básicos de violência contra mulher. "A violência contra a mulher não está só no âmbito físico, atinge também o fator psicológico, moral e social da paciente. Há casos que evoluem para a agressão após todo um processo de repressão, de humilhação, de destruição de autoestima que iniciam com pequenas práticas coercitivas, invasivas, muitas das vezes até não percebidas imediatamente", explicou ele. "Avanços em âmbitos legais são importantes para garantia de direitos e proteger a mulher do possível agressor. Mas no âmbito da assistência não se consegue prestar o auxílio a esta pessoa agredida de forma unilateral e isolada", diz
O Hospital e Maternidade Marly Sarney desde 2000 até julho de 2013 o já atendeu mais de 300 mulheres vítimas de violência sexual. Deste total, em 12 casos foi feita a interrupção de gravidez levando em conta os procedimentos e parâmetros legais.
Representante da Comunidade: De Jesus e Cassia Nilma, Cleidimar, Selam e Camila
Este texto foi publicado pelo HMMS e agora compartilhado na RHS.
2º CAMINHADA PELA NÃO VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – promovida pela Promotoria da Mulher em 23.11.2013 iniciando o 16 Dias de Ativismo da Não Violência Contra a Mulher com a participação de Instituições e Entidades: Secretaria de Estado da Mulher/SEMU, Coordenadoria Municipal da Mulher, Câmara Municipal, Fórum Estadual de Mulheres, estudantes da Rede Pública, comunitários. O Bairro escolhido foi o COHATRAC. Várias escolas estão sendo capacitadas quanto a NÃO VIOLÊNCIA DA MULHER orientando os jovens a respeitar a questão de gêneros debatendo a violência no cenário escolar e contribuindo para uma nova consciência.
Por Sabrina Ferigato
Ótimo post Silvia! parabéns à instituição e a todos os profissionais envolvidos!
Em se tratando de uma maternidade, acho que seria muito importante ser introduzido na pauta que vcs abordam, uma violência muito comumente sofrida por mulheres no nosso país, que é o tema da violência obstétrica, que inclui, agressões físicas, verbais, violações de direitos (como o direito a acompanhante, por exemplo), bem como o excesso de intervenções desnecessárias e não consentidas…
Com a abertura que a instituição demonstra ter na defesa das mulheres, tenho certeza que essa seria uma grande constribuição para as parturientes do hospital!
abraços
Sabrina