Uma anatomia do ódio

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Por Pablo Murad

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Sonhos abomináveis eram os donos de meu sono. Terror noturno. Desejo de estar morto. Esses eram os novos sintomas dessa temporada. A noite que deveria ser meu único momento de paz, passou a ser assombrada por novos sentimentos negativos.

       Eu não tinha mais paz, evitava dormir para não ter que acordar.

                Evitava dormir para não sonhar.

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Da Série "Demônio em fuga: caminhos tortuosos da depressão" o (EN)CENA apresenta "Uma anatomia do ódio", relato de Pablo Murad.