A implementação do ACCR faz cair a mortalidade materna e infantil em Teresina

20 votos

mortalidade.jpg

No município de Teresina, em média, 10% das gestantes atendidas por ano têm problemas graves na gestação.  No ano de 2012, entre os casos atendidos, foram registrados 14 óbitos. Na perspectiva de promover um atendimento otimizado às gestantes em Teresina, e reduzir o número de óbitos por complicações na gravidez, a Prefeitura de Teresina em parceria com a Rede Cegonha, no dia 24 de junho de 2013, implantou a ficha de acolhimento e classificação de risco na atenção básica municipal

O processo se iniciou com uma capacitação para os médicos, enfermeiros e apoiadores institucionais, que atuam nas Unidades de Saúde da Família e maternidades públicas em Teresina, no período de 24 a 28 de junho.

A ficha de acolhimento e classificação de risco da gestante é uma ferramenta utilizada para identificar e classificar os riscos no estágio gestacional. Ao ser identificado o risco, a gestante é referenciada para o ambulatório de alto risco da Maternidade Dona Evangelina Rosa, que faz o acompanhamento a partir de fatores como: possibilidade de aborto repetido, diabetes gestacional, pressão arterial alta e outros de grande complexidade para a mãe e para o bebê. À medida, que as gestantes saem de alto risco para médio podem  voltar para o acompanhamento das equipes de estratégia da família.

Conforme dados levantados, a Ficha de acolhimento e classificação de risco da gestante contribuiu para que houvesse redução de óbitos maternos em residentes do município de Teresina no segundo semestre de 2013. 

A ação também tem servido para melhorar os resultados do índice neonatal. Com apenas 6 meses de implantação desse atendimento diferenciado, acolhendo a gestante com uma escuta/atenção mais ampliada, o índice de mortalidade infantil caiu em 2013 em relação ao ano de 2012.

Para o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Luiz Lobão, as novas ações implementadas em 2013, somadas aos esforços diários das equipes de saúde da família nas Unidades Básicas de Saúde, contribuiram para a redução da mortalidade infantil em 11% em relação ao mesmo período do ano anterior.