Narrativas, desejos e afetos na Atenção Primária no Brasil
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Esse relato de experiência do lugar de curadora da IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica/Saúde da Família em 2014 inicia-se em meados de 2013 com a curiosidade de ingressar no espaço coletivo de inovação em saúde no cuidado entre pares, promovendo a inclusão de desejos e afetos entre os profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde através das narrativas do cuidado em saúde na atenção primária.
Grata Redehumanizasus.net! a todos os cuidadores, apoiadores, enfim curadores….
Qual foi a experiência desenvolvida? Sobre o que foi?:
Esse relato de experiência do lugar de curadora da IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica/Saúde da Família em 2014 inicia-se em meados de 2013 com a curiosidade de ingressar no espaço coletivo de inovação em saúde no cuidado entre pares, promovendo a inclusão de desejos e afetos entre os profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde através das narrativas do cuidado em saúde na atenção primária. Como integrante da RedeHumanizasus.net tenho participado e presenciado o cuidado na rede social bem diferente no que temos nas demais redes sociais. A dimensão afetiva tem ganhado novos olhares a partir dessa redehumanizasus, no qual tenho conhecido também o Laboratorio de inteligencia coletiva https://www.linc.org.br/, onde o afeto e subjetividade se dá na "construção de si, uso de si, abuso – exploração: esses conceitos derivam diretamente de reflexões sobre a nova natureza do trabalho, que se afirma globalmente como imaterial.
O trabalho imaterial convoca no trabalhador uma dimensão além da corporal, física. Ele convoca sua mente, memória, imaginação, inventividade, capacidade de criar, mas também de se relacionar, de tratar as pessoas com atenção, de cuidar de outros e de objetos. Ele convoca afeto e subjetividade."
E nesse caso a Curadoria me fez a possibilidade de experimentar e vivenciar uma rede de afetos. segundo o Linc " É neste caso que avaliamos um limiar tênue nos processos de implicação de cada um em suas atividades. Pode-se implicar até um ponto confortável para si; pode-se implicar para além do que se considera aceitável; ou pode-se implicar numa situação insuportável, mas da qual não há saída aparente. Esses limiares constituem o desafio maior do pensamento sobre o trabalho hoje." principalmente no setor Saúde.
Como funciona(ou) a experiência?:
A experiência como curadora tem me preocupado como estar promovendo e participando dos espaços onde podemos vivenciar a coesão de laços sociais, capital humano, consciência ampla e profunda, corpo e desejo produtivo, trabalho afetivo, escuta, clinica do coletivo e enganjamento sócio-político. No qual a Comunidade de Praticas sendo uma plataforma colaborativa vem se construindo e se reinventando segundo o lincs como uma "Comunidade ou coletivo,como uma forma de se relacionar. Forma de relação ou ainda uma maneira de se pôr em relação. Essa forma de relação se expressa numa diversidade de graus de implicação. Pode-se dizer que equipes ou times formam coletivos distintos conforme o grau de implicação dos indivíduos seja maior ou menor. Coletivo ou comunidade deixa de ser uma definição nominal e passa a ser atributo da relação."
Desafios para o desenvolvimento:
Os desafios frente a curadoria tem se apresentado similares as relações profissionais das equipes de saúde, como falta de interação, dialogo, comunicação, expressão, combinados, onde o relacionamento e a interação ainda se encontram unilateral e autoritaria. Nos espaços de curadoria tenho me preocupado para a inclusão do outro, ampliando as possibilidades de apoio e ofertas nas praticas de saúde na atenção primaria, dando todas as oportunidades frente ao evento e cuidado para que todos possam estar juntos e misturados para podermos ampliar o contagio das relações, para ampliar o capital social da atenção primaria em saúde no Brasil
Quais as novidades?:
A Inovação em Saúde referencia ao lugar de curadora me coloca e nos colocam na vivencia e na pratica do fortalecimento do capital social na atenção primaria no Brasil, no qual capital social é uma "noção que poderia ser entendida como: a capacidade de interação dos indivíduos, seu potencial para interagir com os que estão a sua volta, com seus parentes, amigos, colegas de trabalho, mas também com os que estão distantes e que podem ser acessados remotamente. Capital social significa aqui a capacidade dos indivíduos produzirem suas próprias redes, suas comunidades pessoais.
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Olá Luciane,
Muito importante este teu relato da vida numa rede-afeto e do trabalho de curadoria.